POLÍCIA
No interior, mãe afirma que filho autista teve cabeça colocada dentro de vaso sanitário da escola por ‘colega’
Cintia Pereira, 33 anos, procurou à redação do Na Hora da Notícia para denunciar que seu filho de cinco anos, que é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), vem sofrendo constantes agressões na escola rural Concí Alves de Melo, localizada em Brasiléia.
Segundo a mãe, outras crianças e funcionários, além do próprio filho, relataram que um outro aluno, que teria uns 12 anos, vem praticando bullying com o menino. “Tanto meu filho, como outras crianças e funcionários contam que esse menino maior pega meu filho, leva ao banheiro, afunda a cabeça dele dentro do vaso sanitário e dá descarga. E ainda agride com socos no estômago. Meu filho dormia sozinho, agora não dorme mais, pois diz que tem medo do menino aparecer e bater nele”, contou a mãe.
O Na Hora da Notícia entrou em contato com a secretária municipal de educação, Francisca Oliveira, que informou ter tomado conhecimento do caso ainda no fim de semana, é que teria uma reunião com o gestor da escola e a mãe da criança, ainda na manhã da segunda-feira, 01.
A secretária afirmou ainda que, segundo o gestor e a mediadora, os episódios não aconteceram, pois ele é sempre monitorado. No entanto, Cintia garante que houve falha da equipe e que o filho foi agredido.
Na manhã desta terça-feira, 02, a reportagem conversou a mãe da criança, que falou que recebeu informações do teor da reunião realizada ontem, que não pode participar, pois precisou se deslocar a capital para consulta médica, que a equipe escolar ficou de chamar os responsáveis pela criança que teria agredido seu filho e que, a partir de agora, a criança será monitorada direto para que não volte a acontecer outros episódios.
“Espero que agora redobrem os cuidados e que isso não aconteça nem com meu filho e nem com outra criança. É uma das piores sensações e faz a gente se sentir impotente”, finaliza a mãe.