POLÍCIA
O “magnata fake” dos bitcoins: Acreano que enganou a própria família é preso no Amapá

Thiago da Silva Rocha, conhecido como o “magnata fake” dos bitcoins, foi preso na terça-feira (3) em um avião no Aeroporto Internacional de Macapá, no Amapá. Rocha, condenado por crimes de estelionato no Acre, estava foragido da justiça e foi localizado após informações recebidas pela Polícia Federal (PF).
A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre o Grupo de Capturas da PF e a Delegacia de Capturas da Polícia Civil do Amapá. A parceria já resultou na localização e prisão de 184 foragidos somente em 2024.
Rocha, com um discurso convincente e uma lábia afiada, enganou até mesmo sua própria família, aplicando golpes que renderam a ele cerca de R$ 30 milhões. Uma ex-cunhada do criminoso, que investiu R$ 440 mil com ele, foi uma das vítimas.
“Ele me contou que comprou 200 Bitcoins a R$ 2 mil cada, totalizando R$ 400 mil, e que havia investido R$ 1 milhão para criar a plataforma. Ele me mostrou um site e me falou sobre como era possível investir valores a partir de R$ 10 mil e obter lucro”, relatou a vítima.
O golpista prometia retornos de 5% ao mês e usava a proximidade familiar para ganhar a confiança das vítimas. “Ele me explicou que, como eu era da família, ele não cobraria pela consultoria, e que meu marido estava ganhando dinheiro com ele”, disse a ex-cunhada, que acabou investindo R$ 200 mil no esquema.
Rocha também enganou uma trader e sua família, prometendo lucros de 3% ao mês em blocos de ações e no mercado de criptoativos. Ele chegou a controlar cerca de R$ 1 milhão da família, prometendo retornos que nunca se concretizaram.
“Ficamos completamente desestruturados financeira e psicologicamente”, desabafou a vítima. “Ele chegava a usar os próprios filhos para passar uma imagem de pessoa de bem.”
A prisão de Rocha no Amapá representa um alívio para suas vítimas, que agora esperam que a justiça seja feita. O caso serve como um alerta sobre os perigos dos golpes financeiros e a importância de se proteger contra fraudes.
