POLÍCIA
Operação Agrofraude desmantela esquema milionário de estelionato na venda de grãos com tentáculos no Acre

Uma vasta operação policial, batizada de Agrofraude, foi deflagrada nesta terça-feira (7) pela Polícia Civil de Goiás, com o apoio crucial da Polícia Civil do Acre (PCAC), visando desmantelar um esquema milionário de estelionato eletrônico, conhecido como “golpe do falso intermediário”.
A ação, que se estendeu por diversos estados do país, teve como objetivo principal desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes na comercialização de grãos e lavagem de dinheiro. No Acre, foram cumpridos seis mandados judiciais, sendo cinco em Rio Branco e um em Epitaciolândia, em ações simultâneas com as demais forças policiais envolvidas em todo o território nacional.
As investigações, conduzidas pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC) de Rio Verde (GO), revelaram que o grupo criminoso se passava por compradores legítimos de milho para coletar informações detalhadas sobre os produtos, como fotos, vídeos e dados sobre qualidade e quantidade. Em seguida, os criminosos se apresentavam como vendedores a outras vítimas, fechando negócios fraudulentos e causando prejuízos significativos a produtores e corretores de grãos.
Ao longo de cinco anos, as investigações revelaram que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 120 milhões.
“Atuamos de forma integrada para cumprir as ordens judiciais e auxiliar na coleta de provas que reforcem as investigações”, destacou o coordenador da operação no Acre, delegado Saulo Macedo.
Os investigados responderão por estelionato qualificado pela fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas podem ultrapassar 18 anos de prisão.
A Operação Agrofraude contou com o apoio de unidades da Polícia Civil em 10 estados e no Distrito Federal, demonstrando a importância da colaboração entre as forças de segurança no combate ao crime organizado.
