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POLÍCIA

Operação cumpre 77 mandados de prisão contra esquema nacional de estelionato

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Além de mandados de prisão, operação cumpriu ordens de busca e apreensão Foto: Divulgação/MJSP

A Polícia Civil de Goiás realiza uma operação, nesta quinta-feira, 25, para desarticular uma organização criminosa responsável por aplicar o chamado Golpe do Falso Intermediário, modalidade de estelionato que fazia vítimas em todo o país.

Segundo o Ministério da Justiça, 77 mandados de prisão e 78 de busca e apreensão foram cumpridos.

Houve também o bloqueio de 1.776 contas bancárias, que totalizaram na apreensão de R$ 663 mil, além de celulares, documentos, dinheiro e outros equipamentos. O prejuízo estimado das vítimas ultrapassa R$ 1,8 milhão.

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Como era o golpe?

O golpe funcionava com a clonagem de anúncios em plataformas de e-commerce, principalmente de veículos seminovos. Os criminosos criavam perfis falsos e se passavam por intermediários confiáveis, induzindo as vítimas a realizarem transferências sob a promessa de garantir a compra do produto.

O esquema utilizava 144 anúncios falsos, divulgados em contas fraudulentas em plataformas online. A análise financeira feita pela polícia também revelou uma vasta rede de contas bancárias usadas para lavar dinheiro e movimentar os valores conquistados no golpe.

A operação conta com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além das polícias civis de Mato Grosso e de São Paulo.

“Crime complexo”

Para o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Rodney Silva, a força-tarefa representa um passo fundamental no combate a esse tipo de crime.

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“O golpe do falso intermediário é um crime complexo que exige um trabalho de inteligência para ser desvendado de maneira uniforme. Os criminosos exploram a confiança das vítimas. Esta operação é um passo fundamental para combatê-los e proteger a população de prejuízos financeiros significativos”, explica Silva.

Batizada de Broker Phantom, a operação faz referência aos termos em inglês Broker (intermediário) e Phantom (fantasma), numa alusão ao papel dos criminosos, que se apresentavam como falsos intermediários nas negociações virtuais.

De acordo com as investigações, a quadrilha agia de forma estruturada e interestadual, com núcleos bem definidos.

“A investigação demonstrou a existência de uma organização criminosa com atuação interestadual, especializada em estelionato através de ‘engenharia social’ em plataformas de vendas online e lavagem de dinheiro. Foram identificados os núcleos principais (um responsável pela ‘engenharia social’ e liderança, e outro financeiro e operacional) e o complexo modus operandi utilizado”, finalizou o Delegado de Polícia Civil de Goiás, Thiago César de Oliveira Silva.

 

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