POLÍCIA
Operação da PF e CGU desmantela esquema de fraudes em licitações no Acre; prejuízo alcança R$ 3,3 milhões

Rio Branco, AC – Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), batizada de “Dilapsio”, deflagrada nesta quarta-feira, 3 de dezembro, mira um esquema de fraudes em processos licitatórios que envolve empresários e prefeituras de municípios do Acre. As investigações apontam para um prejuízo estimado em R$ 3,3 milhões, desviados através de manipulação de contratos e simulação de concorrência.
A Operação Dilapsio, que teve início em fevereiro de 2025 após levantamentos realizados pela CGU, revelou que os municípios de Senador Guiomard, Assis Brasil e Plácido de Castro aderiram de forma irregular à Ata de Registro de Preços da Prefeitura de Rio Branco. Suspeita-se de um conluio entre agentes públicos e empresários para direcionar contratos, utilizando inclusive documentação falsa para comprovar a qualificação técnica de uma das empresas envolvidas.
“Estamos aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos”, afirmou o delegado responsável pela operação. “O desvio de recursos públicos impacta diretamente a população, que perde acesso a serviços essenciais e infraestrutura de qualidade.”
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão – cinco em Rio Branco e três nos municípios de Plácido de Castro, Assis Brasil e Senador Guiomard. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de imóveis e veículos, bem como o bloqueio de valores equivalentes ao prejuízo apurado. A ação mobilizou 35 policiais federais e oito servidores da CGU.
As investigações apuram crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, utilização de empresas de fachada, falsificação de documentos e frustração do caráter competitivo das licitações. Se condenados, os envolvidos podem pegar penas de até 12 anos de prisão, além de multas e outras sanções.
O impacto social do esquema é significativo. O desvio de recursos e o direcionamento de contratos resultam em obras mal executadas ou não realizadas, afetando diretamente a qualidade de vida da população. Comunidades inteiras sofrem com infraestrutura deficiente, alagamentos, problemas de saneamento e dificuldades de mobilidade.
A Operação Dilapsio segue em andamento, e as autoridades prometem rigor na apuração dos fatos e na punição dos responsáveis.








