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POLÍCIA

Pastor golpista estava escondido em rancho à beira de rio em Tocantins

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Preso na tarde dessa quinta-feira (21/9), o pastor Osório José Lopes Júnior (foto em destaque), suspeito de liderar grupo acusado de formar uma rede especializada em estelionatos por meio de redes sociais, foi localizado por agentes da Polícia Civil de Tocantins (PCTO) escondido em um rancho no município de Sucupira (TO). Segundo investigações, a quadrilha fez mais de 50 mil vítimas.

Comandada pelo delegado-chefe da 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime ao Crime Organizado, Rafael Falcão, a ação foi deflagrada depois que as equipes da unidade especializada levantaram informações de que Osório estaria em uma propriedade no município de Sucupira, localizado no sul do estado.

A prisão do pastor foi decretada após investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontar que ele seria um dos líderes de um esquema milionário de golpes financeiros nos últimos cinco anos.

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A operação da PCDF, denominada Falso Profeta, foi deflagrada na manhã de quarta-feira (20/9) e tinha como objetivo cumprir dois mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

“O alvo não foi encontrado pela PCDF e era considerado foragido da Justiça, sendo procurado em várias unidades da Federação e também no estado do Tocantins”, disse o delegado.

“Após acionamento das equipes da 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Gurupi pela Polícia Civil do Distrito Federal informando os fatos e da possibilidade de o investigado estar na cidade de Figueirópolis, local onde reside um de seus irmãos, o caso foi repassado à 8ª Deic de Gurupi, que imediatamente iniciou os levantamentos e conseguiu identificar que a família teria uma propriedade rural nas proximidades da cidade de Sucupira”, pontuou a autoridade policial.

Com o aprofundamento dos trabalhos de campo, os policiais da unidade especializada constataram que, de fato, o foragido estaria escondido em um rancho às margens do Rio Santa Teresa, na zona rural de Sucupira. Com base nas informações levantadas, por volta das 17h, os policiais civis localizaram o pastor e deram cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça do Distrito Federal.

Em seguida, o preso foi conduzido até a 12ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Gurupi, e posteriormente recolhido à Unidade Penal Regional local, onde permanece à disposição do Poder Judiciário do Distrito Federal.

Crimes diversos

De acordo com a PCDF, o pastor é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e estelionatos praticados por meio cibernético. Ainda segundo as apurações, os criminosos (que compõem um grupo de cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas) abordavam as vítimas, em sua grande maioria fiéis, pelas redes sociais e as convenciam a investir suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, prometendo retorno financeiro imediato e lucros exorbitantes.

A investigação apurou, por exemplo, que os golpistas fizeram uma promessa de que com um depósito de apenas R$ 25,00, as pessoas iriam receber R$ 1 octilhão, ou seja, uma quantia astronômica, cujo numeral 1 é seguido de 27 zeros.

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