POLÍCIA
PF trabalha para identificar bolsonaristas que fecharam BR-364 e prejudicaram o Acre
Depois das prisões dos líderes bolsonaristas que depredaram a Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, e em seguida a identificação de seus financiadores, agora é a vez da identificação de quem fechou as rodovias do país e que, no caso da BR-364, em Rondônia, tato prejudicou o Acre.
Em Rio Branco, durante o fechamento da rodovia, logo após a divulgação do resultado da eleição presidencial em segundo turno dando a vitória ao presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a causar a falta de gêneros alimentícios, de cervejas e combustíveis nos postos da cidade.
Nesta sexta-feira (17), por ordem do Supremo Tribunal Federal, as polícias Federal e Rodoviária Federal começaram as investigações para identificar os líderes dos bloqueios. Alguns já estão identificados, segundo a PF.
São pessoas suspeitas de liderarem bloqueios em rodovias federais de Rondônia, logo após o resultado das Eleições 2022 e de participarem de manifestações consideradas antidemocráticas.
Segundo a polícia, as “diversas lideranças” foram responsáveis pela interdição da BR-364, entre outubro e novembro do ano passado, na altura do município de Ariquemes, a 202 quilômetros de Porto Velho.
Os suspeitos também podem ter sido responsáveis pelo rompimento de uma tubulação de abastecimento hídrico do município, que afetou seis bairros, além do incêndio criminoso de um caminhão, como parte dos atos de vandalismo.
A PF cumpriu dez mandados de busca e apreensão em seis cidades: Ariquemes, Vilhena, Ouro Preto do Oeste, Jaru, Buritis e Cujubim. A Justiça ainda proibiu a participação dos investigados em novas manifestações golpistas e de manterem contato entre si. Até agora, os agentes federais apreenderam quatro armas de fogo e prenderam uma pessoa em flagrante.
A polícia fez buscas em endereços de seis cidades de Rondônia; uma pessoa foi presa Em novembro, eleitores de extrema-direita, inconformados com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ameaçaram apedrejar um ônibus na cidade de Ariquemes, caso o motorista furasse o bloqueio. Entre os passageiros, havia uma mulher que precisava chegar à capital de Rondônia para seguir com um tratamento cardiológico. Ela implorou pela liberação, que foi negada. A mulher morreu.
A polícia não revelou as identidades dos suspeitos apontados como líderes do movimento, mas afirma que, se condenados, podem ficar presos por mais de 30 anos. Os investigados devem responder pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, incitação ao crime, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa.