POLÍCIA
Polícia Civil identifica corpo de jovem encontrado com marcas de tortura e perfurações de bala em área de mata na Cidade do Povo

O corpo do jovem encontrado com sinais de tortura a golpes de ripa e executado a tiros, na noite desta quinta-feira (2), em uma área de mata nas proximidades da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada na Rua Geraldo Leite, quadra 6, do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco, foi identificado como sendo de Josivan Cambraia da Silva, de 24 anos.
De acordo com informações da polícia, Josivan era morador do Ramal do Pelé, no município de Acrelândia, interior do Acre. Em suas redes sociais, ele fazia apologia a uma facção criminosa. No entanto, estava hospedado na Cidade do Povo, território dominado por uma facção rival, onde passava alguns dias na casa de um tio.
Antes de ser morto, a vítima foi vista andando pelas ruas do bairro. Como não era reconhecida pelos membros da facção local, acabou abordada. Durante a revista, os criminosos acessaram o celular de Josivan e encontraram publicações em que ele exaltava uma facção oriunda do Rio de Janeiro. Nesse momento, os criminosos decidiram levá-lo para uma área de mata, onde foi “julgado” e condenado à morte pelo chamado tribunal do crime. Ele foi acusado de ser um suposto “olheiro” ou “infiltrado” que estaria reunindo informações da região para repassá-las a comparsas. A ordem de execução teria partido dos líderes da facção que controla a Cidade do Povo.
Moradores da região relataram ter ouvido disparos vindos da mata, atrás da ETE, e acionaram a Polícia Militar. Uma guarnição do 2º Batalhão foi ao local e encontrou Josivan já sem vida, com sinais de agressão física e múltiplas perfurações de bala.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda enviou uma ambulância de suporte avançado, mas a equipe apenas pôde constatar o óbito.
A Polícia Militar isolou a área para os trabalhos da perícia. Após os procedimentos de praxe, o corpo foi removido por agentes do Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames cadavéricos.
A Polícia Civil, por meio da Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), esteve no local e colheu as primeiras informações. O caso segue sob investigação.
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