POLÍCIA
Polícia Civil investiga feminicídio e tentativa de homicídio na zona rural de Bujari

Um feminicídio ocorrido na zona rural de Bujari, Acre, está sendo investigado pela Polícia Civil local. A vítima, Josié Silva da Costa, de 42 anos, foi assassinada a tiros pelo próprio companheiro na manhã de domingo, 30, em uma fazenda na região da Linha 9, km 32, um local de difícil acesso.
Segundo as primeiras informações, Josié foi atingida na nuca enquanto tentava se afastar do agressor na área externa da residência. Ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local. Após o crime, o suspeito cobriu o corpo com um lençol e foi encontrado pelos policiais militares dentro da própria casa, aparentando embriaguez e demonstrando total indiferença perante a situação.
Além do feminicídio, as investigações indicam que o suspeito tentou matar um vizinho que presenciou o ocorrido. O homem efetuou disparos de arma de fogo contra a testemunha e chegou a ameaçá-la de morte, agravando ainda mais a gravidade do caso.
A Polícia Militar agiu rapidamente, realizando a prisão em flagrante do suspeito e apreendendo uma espingarda, arma utilizada no crime. O local foi preservado para perícia, e o suspeito foi levado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), em Rio Branco. Lá, foi lavrado o auto de prisão em flagrante, depoimentos foram colhidos e o interrogatório realizado. A Polícia Civil também solicitou a prisão preventiva do suspeito, que está atualmente sob análise do Poder Judiciário.
O delegado Bruno Coelho, responsável pela Delegacia-Geral de Bujari, destacou a seriedade do caso e o compromisso da instituição em esclarecer todos os detalhes. “Este é um episódio de violência extrema contra a mulher, que será investigado minuciosamente com apoio de perícia e diligências de campo. Nosso objetivo é garantir que o autor responda pelos crimes, reforçando o enfrentamento à violência doméstica e à proteção das vítimas”, declarou.
O inquérito policial continuará com laudos periciais, oitivas adicionais e diligências complementares nos próximos dias. O caso reforça a urgência em combater a violência de gênero na região, especialmente em áreas rurais, onde o acesso à justiça muitas vezes é mais difícil.









