POLÍCIA
Polícia divulga identidade dos suspeitos de executar o ex-delegado Ruy Ferraz

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou, nesta quinta-feira, 18, a identidade de dois suspeitos de terem participação na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O crime ocorreu em Praia Grande (SP), na última segunda-feira, 15.
Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, de 28 anos, apelidado de Mascherano, estão foragidos. Felipe seria conhecido no Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano. “Ele tem a função de disciplina na região do ABC. Ele é de São Bernardo do Campo e já foi preso algumas vezes”, disse Derrite.
Em entrevista coletiva nesta quinta, a Polícia Civil de São Paulo também afirmou não restar dúvidas de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem envolvimento na morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz.
“Não nos resta dúvida”, iniciou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 18, ao ser questionado da certeza da participação da facção. “O que falta descobrir é se foi por conta do combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado, ou por conta da atuação atual como secretário em Praia Grande. Mas que há participação do crime organizado não há dúvida”.
Primeira presa por participação no crime
Mais cedo, uma mulher de 25 anos foi presa temporariamente, por suspeita de participar do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Ela teria sido responsável por transportar um dos fuzis usados no crime. A suspeita foi ouvida na delegacia e presa em seguida, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A participação da mulher foi detalhada durante a coletiva. “Ela prestou apoio logístico, dado um dia após o crime, na terça-feira. Ela recebeu a missão de ir à Praia Grande, a um endereço que ainda estamos investigando, voltar para casa dela e um individuo passa e pega (o fuzil) e leva embora”, afirmou o atual delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian.
Segundo ele, os indícios para pedir a prisão da mulher são suficientes porque “ela foi buscar o fuzil em Praia Grande e traz o fuzil para Diadema, onde os dois individuos com a prisão temporaria já decretada fazem parte, são da região”.
Ruy Ferraz Fontes foi morto na última segunda-feira, 15, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após uma perseguição.
Testemunhas e familiares de outros dois suspeitos já identificados também já foram ouvidos pela polícia. Os trabalhos continuam para localizar e prender a dupla que matou o ex-delegado-geral.
Os objetos apreendidos durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, na Capital e na Grande São Paulo, estão em análise pericial.
Assassinato do ex-delegado-geral
Imagens de câmeras segurança registraram o momento do assassinato de Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite de segunda-feira, 15. Ele é visto dirigindo seu carro em alta velocidade, até que entra em um cruzamento e é atingido por um ônibus. O carro capota e os criminosos, que vinham em outro carro atrás, vão até ele carregando fuzis. Ruy foi morto a tiros e os criminosos fugiram.
A morte de Ruy Ferraz Fontes segue sendo investigada. Uma força-tarefa foi montada para investigar o caso e prender os envolvidos. Dois suspeitos foram identificados no dia seguinte da execução, mas não tiveram seus nomes divulgados. Foi expedido um mandado de prisão, mas eles seguem foragidos.
Até o momento, a polícia não confirma que o crime tenha sido promovido por facção criminosa. Nenhuma linha de investigação está sendo descartada.
Ruy Ferraz Fontes teve uma carreira de mais de 40 anos como delegado e era conhecido por sua atuação contra a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Atualmente, ele ocupava o cargo de secretário de Administração Pública de Praia Grande.
