POLÍCIA
Polícia diz que ex-senador usou fazenda de R$ 3 mi para treinar para assassinato de ex-mulher
Investigações da Polícia Civil indicam que a fazenda Caçada Real, pertencente ao ex-senador Telmário Mota em Roraima, serviu como um “centro de treinamento” para os suspeitos envolvidos no assassinato da ex-esposa do político, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos.
Considerado como o mandante do crime, Telmário Mota foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil de Roraima nesta segunda-feira, 30. No entanto, ele só foi detido horas mais tarde, à noite, em Goiás.
O delegado João Evangelista, titular da Delegacia Geral de Homicídios de Roraima, revelou em uma coletiva de imprensa que o grupo se preparou para o crime na fazenda do político antes de sua execução.
O nome da propriedade, “Caçada Real”, foi tão significativo para os executores que a operação policial recebeu o mesmo nome em referência à fazenda.
“O nome da operação se reporta a um local onde houve não apenas o planejamento, não apenas a reunião do grupo, como até um treinamento antes da execução”, explicou o delegado.
O ex-senador incluiu a propriedade em sua declaração de bens apresentada para a Justiça Eleitoral em 2022, durante sua tentativa de reeleição ao Senado.
Conforme os dados fornecidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o político declarou que a fazenda tinha um valor estimado de R$ 3,3 milhões e abrangia uma área de 1.200 hectares, equivalente a mais de mil campos de futebol, aproximadamente.
Os agentes estiveram na fazenda na segunda-feira em busca do ex-parlamentar, porém não o localizaram no local. Segundo a polícia, ele fugiu para Goiás ao tomar conhecimento de que estava sendo procurado.
As equipes de investigação também realizaram buscas em um apartamento de propriedade do político em Brasília. No total, a Justiça emitiu 3 mandados de prisão e 7 mandados de busca e apreensão.