POLÍCIA
Polícia diz que não há indício que corpo encontrado em represa tenha relação com desaparecimento do helicóptero
A Polícia Civil informou que não há nenhum indício de que o corpo encontrado em uma represa na tarde desta quarta-feira, 3, tenha qualquer relação com o helicóptero que saiu de São Paulo rumo a Ilhabela e está desaparecido desde domingo, 31.
O corpo, do sexo masculino, foi encontrado em estado de decomposição na Avenida da Balsa, em Natividade da Serra, região do Vale do Paraíba, interior paulista. O local é onde equipes da Força Aérea Nacional (FAB), do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar buscam o helicóptero que desapareceu.
Com o corpo estada em decomposição, ainda não foi identificado. A perícia foi acionada e foram requisitados exames para identificação da vítima. O caso foi registrado como morte suspeita (encontro de cadáver) na Delegacia Seccional de Taubaté.
“É importante destacar que não há nenhum indício de que este episódio tenha qualquer relação com o desaparecimento do helicóptero, cujas buscas entraram hoje no terceiro dia, com apoio do Comando de Aviação da PM a equipes da Força Aérea Brasileira”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota enviada ao Terra.
A SSP ressalta que o Corpo de Bombeiros está de prontidão, mas só será acionado caso a FAB ou o Comando de Aviação da PM localizarem indícios do local da queda da aeronave.
Quem estava no helicóptero
A aeronave de prefixo PRHDB, modelo Robson 44, pintada de cinza desapareceu no dia 31 de dezembro enquanto fazia trajeto da capital paulista para Ilhabela, no litoral norte do estado de São Paulo.
Os ocupantes do voo desaparecido foram identificados como Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres e o piloto Cassino Tete Teodoro.
Letícia, de 20 anos, chegou a enviar um vídeo para o namorado, mostrando o mau tempo. Ela informou que eles não conseguiram pousar em Ilhabela e que voltariam para a capital paulista.
Em entrevista à CNN, Silvia Santos, tia da jovem, contou que estava tudo programado para a família passar o Réveillon juntos, mas que sua irmã, Luciana, avisou que ela e a filha iriam viajar.
“Minha irmã recebeu o convite de um amigo nosso, de muito anos, para fazer um passeio de helicóptero, e como ela gosta muito de adrenalina, acabou levando a filha junto. Nós estávamos combinados de passar o Ano Novo na casa da minha sogra, em Itaquera, e do nada, 11h da manhã, eu liguei para minha irmã para combinar o que ia levar, e ela falou que não ia mais. Ela não me informou para onde seria esse passeio”, explicou.
O piloto da aeronave já foi investigado por voos irregulares e teve sua licença cassada por dois anos, período que vai de 2021 a 2023.