POLÍCIA
Polícia Federal assume caso de empresário assassinado no Aeroporto de Guarulhos
O governo chegou a um consenso em relação à federalização do caso do empresário assassinado na última sexta-feira, 8, no Aeroporto de Guarulhos. Antonio Vinicius Lopez Gritzbach era delator da facção criminosa PCC e foi morto a tiros por integrantes do grupo.
A Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito neste sábado, 9, para investigar o assassinato do empresário. Em nota, a PF afirmou que a investigação será realizada de “forma integrada” com a Polícia Civil de São Paulo.
“A Polícia Federal instaurou inquérito policial para apurar o homicídio ocorrido nesta sexta-feira (8/11) no desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. A investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo e decorre da função de polícia aeroportuária da instituição”, disse.
De acordo com o Estadão, a leitura de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de congressistas da base é que a investigação deveria ser repassada à Polícia Federal. Mesmo que o empresário fosse delator do PCC em uma investigação do Ministério Público de São Paulo, haveria elementos suficiente para uma possível federalização do caso.
Entre os argumentos defendidos para esta federalização está o impacto causado pela dinâmica do crime, que ocorreu no maior terminal aeroportuário do Brasil. Contudo, o caso ocorreu fora da área de jurisdição federal e está atrelado a um caso que tramita no Ministério Público do Estado. Governistas têm tratado os detalhes do crime como “muito sensíveis”.
Uma eventual federalização do caso tiraria a responsabilidade de órgãos estaduais liderados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Contudo, levar o tratamento do crime para a Polícia Federal tem sido visto como uma oportunidade para aumentar o protagonismo do governo federal frente aos Estados brasileiros.
O Ministério da Justiça ainda não se manifestou sobre a possível federalização, mas informou que está “acompanhando a investigação e prestando todo apoio necessário à Polícia Civil de São Paulo disponibilizando peritos e equipamentos”.
Antonio Vinicius Lopez Gritzbach foi morto a tiros por volta das 16h da sexta-feira. Sua segurança era feita, de forma informal, por policiais militares. A Polícia Civil apreendeu os celulares dos agentes e investiga se eles possuem possível envolvimento com o caso. O aparelho da namorada do empresário, que fugiu do local após os tiros, também foi apreendido.