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RIO BRANCO
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POLÍCIA

Policiais do Batalhão de Trânsito passam dos limites e agridem entregador na Baixada da Sobral

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O entregador e motociclista Andreson Keven da Silva Gomes, 19 anos, foi parado, agredido e teve a motocicleta removida pelo Batalhão de Trânsito na manhã deste domingo (13), na Avenida Sobral, no bairro da Glória, na região da Baixada da Sobral, em Rio Branco.

Segundo relatos de populares, uma blitz do Batalhão de Trânsito foi montada na Avenida Sobral, quando parou vários motociclistas. Um deles foi Anderson, que é entregador. “A forma de abordagem dos policiais não é boa, eles usam o poder de multar e coagir os motoristas de forma geral”, disse uma moradora que pediu para não ser identificada.

Imagens mostram a forma truculenta e desnecessária com que os policiais conduzem a prisão de um jovem e utilizam spray de pimenta no rosto de outros.

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As imagens da prisão do entregador são chocantes e foram gravadas por uma moradora que também não concordou com a forma de abordagem realizada pelos policiais do Batalhão de Trânsito. Na mesma ação, os policiais prenderam Alisson Gomes da Silva, 37 anos, por desacato, enquanto o homem tentava ajudar Anderson durante a prisão.

A reportagem chegou no exato momento em que estavam desmontando a blitz e visualizou vários populares revoltados com a abordagem e a prisão de pessoas naquele momento.

A reportagem também identificou que a guarnição que estava na blitz é a mesma que já multou os veículos de vários repórteres. Inclusive, os PMs que aparecem neste vídeo já são conhecidos pelos profissionais que cobrem a área policial. Veículos de jornalistas que estavam trabalhando em outras ocorrências receberam multas posteriormente. Além disso, essa mesma guarnição sempre chega atrasada e tem o pior tempo de resposta em acidentes de trânsito.

Outros policiais militares também apontam que já foram multados por essa guarnição.

A reportagem tentou obter acesso o Boletim de Ocorrência da prisão do entregador, mas não teve sucesso, visto que, quase sempre, o BPTRAN não cede ou esconde os boletins de ocorrência (que são públicos), impedindo o acesso da imprensa.

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O caso pode ser levado à corregedoria da Polícia Militar e também ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), no setor que acompanha a atividade externa policial.

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