POLÍCIA
Policiais e advogado ligados ao Comando Vermelho são presos no Rio
A Polícia Federal (PF) prendeu no Rio de Janeiro, entre domingo (12/5) e essa quarta-feira (14/5), um policial militar, um policial civil e um advogado por tráfico de drogas e corrupção, no âmbito da Operação Corsário.
A ação visa desarticular grupo criminoso composto por policiais e advogados, responsáveis pelo desvio e comercialização de entorpecentes.
A ação é uma continuação da Operação Drake, deflagrada em outubro de 2023, que culminou na prisão de quatro policiais civis e um advogado. Na ocasião, uma carreta carregada com cerca de 16 toneladas de maconha foi interceptada.
Saiba quem são os presos:
- Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), preso em outubro;
- Deyvid Eugênio Leite da Silveira, ex-agente da DRFC, preso esta semana;
- Eduardo Macedo de Carvalho, ex-agente da DRFC, preso em outubro;
- Jackson Cruz da Fonseca, advogado, preso esta semana;
- Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe do setor de investigações da DRFC, preso em outubro;
- Laércio Gonçalves de Souza Filho, policial militar, preso esta semana;
- Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, advogado, preso em outubro;
- Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC, preso em outubro.
Memória
Em outubro do ano passado, a Polícia Federal (PF), em conjunto com Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), prendeu quatro policiais civis e um advogado por corrupção e tráfico. Os servidores têm ligação com a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV).
Cerca de 50 policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende (TJRJ).
Comando Vermelho (CV)
De acordo com a investigação, que teve início em ação integrada do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a PF, na comunicação e no monitoramento do veículo suspeito, duas viaturas ostensivas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da PCERJ abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.
Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante o pagamento de propina.
Com a concretização do pacto criminoso, três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.