Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
RIO BRANCO
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍCIA

Policiais Penais do Acre protestam por melhorias e convocações em Rio Branco

Publicado em

Foto: Whidy Melo

Rio Branco, Acre – Policiais penais realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (16) no centro de Rio Branco, em frente ao Palácio do Governo e à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), demandando melhorias no sistema penitenciário e a convocação de aprovados em concursos públicos.

José James, policial penal e membro da Federação dos Servidores Públicos do Estado do Acre, destacou a situação crítica do sistema: “Essa manifestação é um grito de socorro. Em 2012, alertamos o governo sobre o surgimento de facções dentro dos presídios, mas nada foi feito. Hoje, o Estado está tomado pelas facções. Em 2016, avisamos sobre uma possível rebelião, e novamente o governo não agiu. Estamos aqui denunciando que a situação é crítica”.

Continua depois da publicidade

James também apontou a sobrecarga e a falência do sistema, com policiais doentes e presos em risco: “O sistema penitenciário está falido, quebrado, com pessoas se matando. Recebi ligações de um rapaz que se suicidou, e outro já estava tentando. Há casos de pessoas doentes, com 90% do pulmão comprometido, sendo mantidas em celas”.

O policial penal defendeu a criação de uma comissão permanente para discutir o sistema penitenciário e cobrou diálogo com o governo: “Eu gosto de negociar e articular. O governo precisa sentar e discutir. A situação do sistema penitenciário é gritante”.

Continua depois da publicidade

Sobre a convocação de novos policiais e a realocação de servidores administrativos, James questionou a efetividade das medidas: “Vão sair 150 policiais provisórios e entrar 170. Qual a diferença? Vai continuar do mesmo jeito. Estamos abertos ao diálogo, mas a situação é emergencial e caótica”.

Eden Alves Azevedo, ex-presidente do sindicato, também se manifestou sobre processos judiciais movidos pelo presidente do Iapen contra líderes sindicais: “Na época em que eu estava à frente do sindicato, sofri dois processos criminais e um civil, mas fui inocentado em todos os casos. Acredito que os processos eram uma forma de coagir o sindicato, mas quem está à frente tem que ouvir a categoria e defender os policiais penais”.

Azevedo explicou que os processos estavam relacionados a manifestações contra decisões administrativas do Iapen, como a volta das visitas íntimas no presídio de Antônio Amaro.

Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement