POLÍCIA
Policial acusado de homicídio na Expoacre enfrenta audiência no Tribunal do Júri
No Tribunal do Júri Popular da Cidade da Justiça em Rio Branco (AC), o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva, sob custódia por acusação de atirar e matar o jovem Wesley Santos da Silva durante a Expoacre de 2023, enfrentará um interrogatório crucial nesta quarta-feira (3). Esta etapa faz parte dos preparativos para seu julgamento em júri popular, cuja data ainda está pendente de definição.
Veloso foi detido a pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC) após reviravoltas judiciais relacionadas à sua liberdade provisória. Após a revogação da liberdade provisória pelo MP-AC em outubro do ano passado, a prisão preventiva foi decretada. Apesar da tentativa de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela defesa, a medida não foi concedida.
Uma das testemunhas-chave do ocorrido é Rita de Cássia, namorada da vítima, que também foi alvejada pelo policial penal. As acusações contra Silva incluem homicídio, tentativa de feminicídio e importunação sexual contra a jovem. A decisão unânime da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou que ele permaneça sob prisão preventiva devido à gravidade dos atos cometidos e ao impacto na ordem pública.
O crime ocorreu durante a celebração do aniversário de 20 anos de Wesley Santos da Silva na Feira Agropecuária. Segundo relatos, o tumulto começou quando policiais militares intervieram no encerramento de uma festa em um bar, resultando nos disparos que feriram mortalmente Wesley e Rita.
Os depoimentos indicam que o policial penal, embriagado, teve comportamento inadequado e agressivo no evento, culminando nos trágicos eventos que levaram à morte de Wesley e aos ferimentos sofridos por Rita. Com o avanço do caso para julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, a justiça busca esclarecer os acontecimentos e buscar a responsabilização adequada.