O policial penal Quenison Silva de Souza, condenado em dezembro de 2020 por matar com um tiro na cabeça a própria esposa, Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, foi à justiça para conseguir o direito de receber um seguro de vida feito pela esposa, quando ainda estava viva, no valor de R$ 1 milhão.
O caso aconteceu no dia 11 de março do mesmo ano, na residência do casal, localizada no bairro Estação Experimental, em Rio Branco. Ele afirmou à polícia que o tiro foi acidental.
De acordo com K.E.M.P, que a inventariante do processo e irmã de Erlane, a vítima deixou o seguro no nome de Quenison. A advogada que faz a defesa da família de Cristina entrou com outra ação pedindo que a Justiça torne o réu indigno de receber o valor, já que ele assassinou a companheira.
Atualmente, os bens materiais que pertenciam ao casal, como a residência, carro e objetos, estão sob o comando da família do acusado.
“É inadmissível que ele receba esse valor depois de assassinar a vítima e ser condenado pela justiça, em júri popular, por pelo menos 3 crimes previstos no Código Penal”, argumentou a defesa.
Silva foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, feminicídio e violência doméstica.
No pedido ingressado, o réu pede que o valor seja repassado a ele ou a sua filha (que não é de Erlane).
Mais detalhes do caso
O policial penal disse que o disparo aconteceu na frente de um sobrinho dela, de apenas 13 anos.
Cristina chegou no PS com vida, em estado de saúde gravíssimo, porém, minutos depois, não resistiu a gravidade dos ferimentos e acabou morrendo no hospital.
A Polícia Militar colheu informações do caso e prendeu o agente em flagrante pelo crime de feminícidio. O policial foi encaminhado para Delegacia de Flagrantes (Defla), e colocado à disposição da justiça.