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POLÍCIA

Policial penal acusado pela morte de jovem em Rio Branco é solto na audiência de custódia

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Policial penal Raimundo Nonato foi liberado em audiência de custódia (Foto: Divulgação)

Após a confirmação da morte de Wesley Santos da Silva, de 20 anos, na tarde desta terça-feira, dia 8, foi anunciada também a soltura do seu assassino, o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, 38 anos, que já foi diretor do presídio de Senador Guiomard, no Acre.

Wesley Santos foi atingido por dois disparos de arma de fogo no abdômen ao sair de um bar no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, com sua namorada, Rita de Cássia da Silva Lopes, 18 anos, que também foi alvejada pelo atirador. O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira, dia 7, durante a última noite da Expoacre.

A morte do rapaz ocorreu no mesmo dia em que foi concedido o alvará de soltura ao acusado, após Nonato Neto passar por audiência de custódia nessa terça-feira. O promotor de justiça Efrain Mendonza, que atua na Vara do Tribunal do Júri, falou com a reportagem e afirmou não ter participado da audiência de custódia. Contudo, ele se opõe à soltura do policial penal.

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Conforme as informações do representante do Ministério Público do Acre (MPAC), o agente público agiu por vingança, e o tiro na jovem seria uma tentativa de feminicídio. “Em minha opinião, o policial agiu por vingança, já que foi expulso do local, e há uma motivação torpe, pois esperou o casal sair, o que configura uma emboscada. No caso da moça, trata-se de feminicídio, pois houve um assédio, demonstrando desrespeito à condição de mulher”, concluiu.

Por outro lado, na opinião do promotor Efrain Mendonza, ele discorda da interpretação de tentativa de homicídio. “Em minha opinião, trata-se de uma conduta gravíssima de alguém que se aproveitou de sua condição de policial penal para entrar armado em um evento público, com agravante de consumo de bebida alcoólica. Eu defino isso como dois homicídios qualificados, um consumado e outro tentado, devido à torpeza e à emboscada. Além disso, no caso da vítima mulher, é feminicídio, uma vez que houve assédio por parte do suposto autor. Mesmo que na audiência de custódia não tivéssemos conhecimento da morte de uma das vítimas, o fato já era gravíssimo, ocorrendo em um local público onde as famílias foram para se divertir”, explicou o promotor.

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