O suspeito preso em Umuarama (PR), durante cumprimento aos mandados na operação “Dark Money”, desencadeada em Mato Grosso do Sul para apurar o desvio de R$ 23 milhões da prefeitura de Maracaju, a 150 quilômetros de Campo Grande, é apontado como o “braço direito” do ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja, que administrou o município no período em que teriam ocorrido o crime, entre 2019 e 2020, segundo informação da Polícia Civil.
Conforme a investigação do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o suspeito estava escondido no Paraná. A polícia o apontou que ele seria o responsável pela gestão financeira do município. “Quem tinha acesso ao cofre e assinava os cheques”, ressaltou a polícia.
O suspeito está em uma cela da Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos (Defurv), em Campo Grande. Os outros presos na ação, estão em celas da 2ª Delegacia de Polícia e da Delegacia Especializada em Repressão à Roubos e Furtos (Derf). Todos passaram por exame de corpo de delito, audiência de custódia e tiveram a prisão temporária prorrogada.
A delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, disse que nesta quinta-feira (23) vai resolver a “parte burocrática” da operação, organizando organizando o material apreendido.
Prisões
Ao todo, sete pessoas foram presas e houve o cumprimento de mandados de busca em 26 endereços, totalizando a apreensão R$ 143 mil em dinheiro, além de folhas de cheque no valor de R$ 109 mil. Os presos devem responder por crimes contra o patrimônio público.
Até o início da manhã desta quinta-feira (23) permanecia foragido o ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja. O g1 tentou contato telefônico com ele, com sua esposa e sua defesa, mas até a mais recente atualização da matéria não conseguiu.
O que foi apreendido
Responsável pela ação, o Dracco informou que foram apreendidos, além dos cheques e dinheiro já citados, uma dezena de veículos, eletrônicos, smartphones, computadores, documentos, armas de fogo e munições de vários calibres, joias, discos rígidos. Contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas, em número não precisado.