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O Nordeste também liderou o número de ônibus retidos durante o mesmo período, com 48 veículos detidos pela PRF. No Sudeste apenas nove ônibus foram retidos. No Norte, a PRF reteve cinco veículos, no Sul, quatro, e no Centro-Oeste, oito ônibus detidos.
Na época, a PRF, que está sob guarda chuva do Ministério da Justiça, era chefiada pelo bolsonarista Silvinei Vasques, que declarou voto no então presidente Jair Bolsonaro um dia antes do segunto turno.
Enquanto isso, o MJSP estava sob o comando do também bolsonarista Anderson Torres, que está preso suspeito preventinamente, pela sua atuação como Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante os ataques do dia 8 de janeiro nos prédios dos Três Poderes em Brasília.
Na entrevista coletiva, Dino detalhou que o Ministério da Justiça elaborou um planejamento de operação da PRF em setembro para os dois turnos da eleição. Após o resultado do primeiro turno, com Lula à frente de Bolsonaro, foi realizado um novo planejamento, para que se alocasse mais R$ 3 milhões para uma operação especificamente para o segundo turno.
Além disso, o Ministério sob comando de Anderson Torres também determinou que, diferentemente do primeiro turno, no segundo turno a PRF atuasse junto com a Polícia Federal na operação desenhada especificamente para as vésperas da eleição.
Dino esclareceu que foi aberto um processo administrativo disciplinar contra Anderson Torres, pela sua atuação nas operações da PRF e “outros fatos”.
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“No âmbito do Ministério da Justiça, houve uma decisão da consultoria jurídica de encaminhar à Polícia Federal um entendimento de que, embora fosse ministro de estado na época, o delegado Anderson também terá um processo administrativo disciplinar aberto em razão desses e outros fatos que estão sendo apurados na própria PF”
O efetivo policial no dia do segundo turno também foi maior no Nordeste. A PRF alocou 795 agentes para operação na região no dia 30 de outubro.