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POLÍCIA

“Prisão midiática” e com base em um “mitômano”, contesta defesa de policiais presos por ligação com o PCC

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O delegado Fabio Baena é um dos presos pela operação da PF Foto: Reprodução

O delegado Fabio Baena e o investigador Eduardo Monteiro foram presos nesta terça-feira, 17, durante uma operação da Polícia Federal (PF), suspeitos de atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Para a defesa dos acusados, no entanto, a prisão foi “midiática” e se deu com base na palavra de um “mitômano”, em referência a delação de Vinícius Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos no dia 8 de novembro.

Em nota enviada ao Terra, o escritório Bialski afirma que recebeu a notícia com indignação. “A prisão hoje cumprida não possui necessidade, idoneidade e se constitui em arbitrariedade flagrante”, alega a defesa de Baena e Monteiro. Ainda de acordo com os advogados, a ação teria sido um truque de mídia, feito com base em informações equivocadas.

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“Inadmissível no Brasil se banalizar o direito à liberdade, decretando-se prisão midiática, sem contemporaneidade, e o mais grave, por fatos que já foram investigados e arquivados pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público”, destaca o comunicado.

O que teria dado o ‘pontapé’ na investigação foi a delação premiada de Vinícius Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. No entanto, a defesa de Baena e Monteiro se refere ao empresário como um “mitômano”, uma espécie de mentiroso patológico.

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“A palavra pueril de um mitômano, sem qualquer elemento novo de prova, não poderia jamais motivar medida tão excepcional, afrontando o status dignitatis e libertatis dos nossos constituídos”, diz nota.

Conforme os advogados do delegado e do investigador, ambos compareceram voluntariamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações, o que, segundo a defesa, torna a prisão ainda mais “grave”.

“A defesa denuncia o gravíssimo fato que não se deu o Direito e oportunidade ao Delegado Baena contactar seus advogados avisando de sua prisão e do cumprimento do mandado de busca, o que somente reforça a ilegalidade denunciada. A defesa está tomando todas as medidas para fazer cessar, imediatamente, a coação espúria constatada” pontua o escritório Bialski.

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Operação Tacitus

Já segundo a PF, as evidências colhidas são de grande relevância. Deflagrada nesta terça, a Operação Tacitus reuniu provas obtidas em diversas investigações policiais, como movimentações financeiras, delações premiadas e depoimentos.

A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. Apenas na manhã desta terça, foram cumpridos 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão no estado de São Paulo.

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