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POLÍCIA

Revelado por identidade falsa: veja como polícia brasileira descobriu Tuta na Bolívia

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Tuta foi preso na última sexta-feira, 16, na Bolívia Foto: Reprodução

A prisão do traficante Marcos Roberto de Almeida, mais conhecido como Tuta, em território boliviano e sua vinda para o Brasil envolveu uma operação complexa de cooperação entre os dois países.

Tudo começou com a descoberta de que um preso na Bolívia por uso de documento falso era um procurado pela Polícia Federal brasileira.

Segundo explicou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, a polícia boliviana identificou que havia uma inconsistência nos documentos apresentados por Tuta.

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“Ele tinha um documento de identidade boliviano, um documento materialmente válido, mas ideologicamente falso. Ou seja, os dados que estavam constando ali eram dados falsos, a partir de uma carteira de identidade falsa brasileira que ele utilizou para obter esses documentos lá na Bolívia”, disse Rodrigues a jornalistas nesta segunda-feira, 19.

Com isso em vista, os agentes coletaram os dados biométricos de Tuta, inclusive um registro fotógrafico de seu rosto, para que fossem cruzados com os dados da Interpol e também com a base de dados da PF do Brasil.

“Nós temos hoje 45 milhões de dados biométricos nessa base. Foi isso que nos permitiu inserir nos nossos bancos, fazer o cruzamento, e juntamente com a Interpol, saber quem era lá”, explicou o diretor-geral da PF.

Andrei Rodrigues acrescentou ainda que atualmente existe uma grande rede, não só entre países da América Latina, mas de todo o mundo, que permite que esse reconhecimento biométrico seja feito com celeridade.

Também estava presente na coletiva de imprensa o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, que deu maiores detalhes sobre o alcance dos dados mantidos pela organização.

Tuta constava no banco de dados da Interpol desde 2020, após não ser encontrado durante uma operação do Ministério Público de São Paulo e se tornar foragido.

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Segundo Urquiza, a Interpol atua em 196 países, com a missão de “garantir o intercâmbio de informações e a cooperação das polícias de todo o mundo”. Ainda nesta semana, inclusive, ele afirmou que a Interpol deve reunir os chefes de polícia de todos os países da América do Sul para uma discussão sobre como conter o crime organizado.

“Nós temos uma discussão de um plano de segurança para a região da América do Sul, com o objetivo de se antecipar na atuação das organizações criminosas. O modus operandi hoje é focado na atuação internacional. São organizações que não respeitam fronteiras, seja para realização das suas atividades criminosas, seja para ocultação de ativos, seja para atuar como esconderijo de representantes. Portanto mais do que nunca se faz necessária uma atuação conjunta e coordenada internacional”, defendeu Urquiza.

 

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