POLÍCIA
Reviravolta no Caso das Irmãs Envenenadas no Acre: Polícia busca contraprova após exames iniciais negativos

Porto Acre, AC – Uma reviravolta surpreendente marcou o caso das irmãs de 13 e 27 anos, residentes da Vila do V, em Porto Acre, que foram hospitalizadas após consumirem um molho de cachorro-quente caseiro. Os exames toxicológicos iniciais, que buscavam identificar a presença de veneno, retornaram resultados negativos, lançando novas dúvidas sobre a causa da intoxicação.
A Polícia Civil, liderada pelo delegado Leonardo Neves, não descarta a hipótese de envenenamento e solicitou uma contraprova dos exames, além da análise de outra substância encontrada na residência das vítimas. “Encontramos um veneno utilizado em plantações na casa da família. Precisamos verificar se há alguma relação com o caso”, explicou o delegado. A urgência na análise se justifica pela gravidade da situação e pela necessidade de esclarecer os fatos o mais rápido possível.
O laboratório responsável pelos exames aguarda a chegada de insumos para realizar a contraprova, o que pode atrasar a conclusão do laudo final. Enquanto isso, as investigações continuam a se concentrar em um suspeito, cuja identidade e parentesco com as vítimas não foram revelados. O indivíduo foi intimado a depor, mas preferiu permanecer em silêncio, acompanhado de seu advogado.
O caso ganhou notoriedade no dia 8 de junho, quando as irmãs procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, em Rio Branco, com sintomas de intoxicação alimentar. A equipe médica, diante da gravidade dos sintomas, suspeitou de envenenamento e acionou o protocolo de notificação, envolvendo a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária.
Apesar dos resultados iniciais negativos, o delegado Neves mantém a cautela e aguarda os resultados da contraprova para definir os próximos passos da investigação. “Ainda não podemos descartar a hipótese de envenenamento. Precisamos esgotar todas as possibilidades para esclarecer o que realmente aconteceu”, afirmou. A comunidade de Porto Acre acompanha atentamente o desenrolar do caso, na esperança de que a verdade venha à tona e os responsáveis, se houver, sejam responsabilizados.
