POLÍCIA
Roberto Jefferson vira réu por tentativa de homicídio contra policiais
A Justiça Federal, por meio da 1ª Vara Federal de Três Rios (RJ), aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e tornou Roberto Jefferson réu. O ex-deputado responderá por quatro tentativas de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e munição restritas, posse de três granadas adulteradas e resistência qualificada.
No fim de outubro, Jefferson atacou policiais federais que cumpriam mandado de prisão contra ele. Em casa, no município carioca de Comendador Levy Gasparian, o ex-líder do PTB recebeu os agentes com tiros e atirou granadas, ferindo os policiais.
Jefferson foi preso em flagrante por volta das 19h15 de 23 de outubro. A denúncia do MPF aponta que Jefferson, “dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, tentou matar quatro policiais federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum”.
O documento destaca que a dinâmica dos acontecimentos não deixa dúvidas quanto à intenção deliberada de Jefferson de tentar matar os policiais federais, “a partir de um prévio planejamento de confronto armado que poderia, inclusive, resultar em sua própria morte”.
A denúncia foi apresentada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.
Esclarecimentos
A denúncia relata a dinâmica do ocorrido em 23 de outubro. Segundo o MPF, Roberto Jefferson, após a chegada da Polícia Federal à residência, atirou e lançou granadas contra os agentes. O ex-deputado também teria debochado das vítimas ao arremessar uma granada adulterada com pedaços de pregos. “Vocês estão juntinhos aí, vão machucar”, ironizou.
O MPF denuncia ainda que, após ferir uma policial ao desferir 30 tiros e ter lançado uma granada, Roberto Jefferson continuou com os disparos. “Mesmo tendo ouvido gritos de ‘policial ferido’, Roberto Jefferson prosseguiu seu intento criminoso”, diz a denúncia.