POLÍCIA
Segunda vítima do grave acidente na Via Verde morre no PS de Rio Branco; motorista liberado pela PRF segue foragido

A segunda vítima do grave acidente de trânsito, Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46 anos, teve a morte encefálica confirmada no início da tarde deste domingo (18), no pronto-socorro de Rio Branco. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, na noite de sábado (17), teve o protocolo de morte encefálica (ME) iniciado, sendo, infelizmente, confirmado posteriormente.
Amigos e familiares da vítima estão, neste momento, no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), aguardando os procedimentos para que o corpo seja transferido para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames cadavéricos. Após esse processo, o corpo será liberado para velório e sepultamento.
A maior revolta da família é também com membros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que supostamente liberaram o motorista sem a realização do teste do etilômetro, conhecido popularmente como bafômetro. A atitude coloca em xeque a credibilidade e a imparcialidade dos policiais que atenderam à ocorrência, podendo configurar o crime de prevaricação. O caso ainda é recente e está sendo investigado pelos órgãos competentes. Até este domingo (20), o motorista ainda não havia se apresentado às autoridades para prestar depoimento.
Entenda o caso
O técnico em sistemas eletrônicos de segurança Márcio Pinheiro da Silva, de 46 anos, morreu, e Fábio Farias de Lima, de 34 anos, Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46 anos — ambos funcionários da empresa VIP —, além da motociclista Rayane Xavier Lima Verde, de 31 anos, ficaram gravemente feridos em um acidente ocorrido na tarde de quinta-feira (16), nas proximidades da Terceira Ponte, na Via Verde (BR-364), em Rio Branco.
Segundo testemunhas, uma caminhonete modelo Ranger, de cor vermelha e placa EEP-2E06, conduzida possivelmente por um policial, trafegava no sentido Ceasa–Terceira Ponte quando o motorista perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e colidiu com três motocicletas.
O primeiro impacto foi entre a caminhonete e uma motocicleta modelo Factor, de cor roxa e placa NAB-4565, pilotada por Rayane, que sofreu uma laceração na perna esquerda.
O segundo impacto envolveu uma motocicleta da empresa VIP. O técnico Carpeggiane foi arremessado para a mata e sofreu uma laceração na perna esquerda, fratura e amputação do dedão do pé esquerdo, além de trauma torácico fechado e traumatismo craniano gravíssimo. Ele foi socorrido em estado crítico por uma ambulância de suporte avançado. A carrocinha da moto ainda se desprendeu e atingiu uma caminhonete Amarok, de cor branca e placa QLU-9215.
O terceiro impacto envolveu outra motocicleta da VIP, resultando na morte do técnico Márcio e em ferimentos gravíssimos em Fábio Farias. Todas as vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou um trabalho ágil e eficiente.
O técnico em enfermagem Geyson Araújo, do Samu, que estava em uma ambulância de suporte básico, prestou os primeiros socorros às quatro vítimas. Infelizmente, ao chegar ao local, Márcio já estava sem vida. As demais vítimas foram salvas graças à atuação dos socorristas.
Policiais militares do Policiamento de Trânsito deram apoio à Polícia Rodoviária Federal, que chegou cerca de 30 minutos após o acidente. A área foi isolada para o trabalho da perícia e a remoção do corpo de Márcio, realizada por agentes do IML.
O motorista que conduzia a caminhonete Ranger foi liberado pelos agentes da PRF, aparentemente sem ter sido submetido ao teste do bafômetro. A atitude gerou indignação na comunidade, que acusa os policiais de possível prevaricação.
