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RIO BRANCO
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POLÍCIA

Segurança Pública do Acre erra ao não escoltar criminoso que foi ferido por tiro de fuzil; homem transportava droga em ambulância

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O foragido da Justiça, Cleiton Viana Mourão, 25 anos, voltou a ser preso, agora por tráfico de drogas e porte ilegal de arma branca, horas após reagir à prisão e ser ferido com um tiro ao apontar uma arma de fogo para policiais militares. A nova prisão ocorreu na tarde desta sexta-feira (1), no km 2 da BR-317, no município de Epitaciolândia, no interior do Acre.

Segundo informações da polícia, Cleiton foi preso na tarde de quinta-feira (31) por policiais militares da equipe do GIRO (Grupo de Intervenções Rápidas e Ostensivas), do BOPE, após uma guarnição receber a denúncia de que homens armados estariam em uma residência, preparando-se para atacar membros de outras facções criminosas.

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Diante da denúncia, os militares foram até o endereço mencionado e, ao chegarem ao local, avistaram uma pessoa correndo para uma área de mata que dá acesso ao Rio Acre. O comparsa de Cleiton se entregou e com ele foi encontrada uma grande quantidade de entorpecentes e dinheiro trocado, caracterizando o tráfico de drogas.

Os militares decidiram aguardar o retorno do fugitivo, montando uma campana para esperar sua volta. Cleiton estava armado com uma pistola. Ao retornar à casa, ele foi cercado e tentou fugir, mas, ao apontar a pistola para os militares do GIRO, foi necessário realizar um disparo que atingiu sua perna esquerda. Após ser ferido, Cleiton foi socorrido e levado ao Hospital Raimundo Chaar. Em seguida, foi reavaliado e, na tarde desta sexta-feira, encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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O grande erro das forças de segurança esteve apenas acompanhar o embarque de Cleiton no Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, sem que nenhum policial o acompanhasse na ambulância do Samu ou escoltasse a viatura até o PS da capital.

Cleiton é considerado de alta periculosidade e supostamente está envolvido em pelo menos dois homicídios. Após a saída do criminoso para o transporte inter-hospitalar nesta sexta (1), a PM recebeu uma denúncia anônima de que o “preso”, que estaria na companhia de uma mulher, transportava entorpecentes (maconha) e uma faca.

Diante da nova denúncia, os PMs montaram uma barreira e pararam a ambulância do Samu no km 2 da BR-317, no sentido Epitaciolândia/Rio Branco. Após uma revista minuciosa na bagagem dos suspeitos, foi confirmada a veracidade da informação. Diante dos fatos, Cleiton foi preso novamente, mas seguiu viagem sem escolta. A justificativa foi que, no pronto-socorro de Rio Branco, a Polícia Militar estaria aguardando a chegada do preso. Porém, o homem não estava algemado e a PM também não estava aguardando ele no pronto-socorro da capital.

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Vale ressaltar que o condutor do Samu e os socorristas não possuem arma de fogo, não têm porte de arma e não são obrigados a transportar presos nestas condições, o que representa um risco de resgate e coloca as vidas desses profissionais em perigo. A Segurança Pública como um todo deve rever essas condições de transporte para presos, especialmente os de alta periculosidade, como é o caso de Cleiton.

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Mesmo sem escolta, o preso, que foi ferido em uma ação legítima da PM, foi entregue no setor de traumas do pronto-socorro de Rio Branco, com situação de saúde estável.

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