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POLÍCIA

Suspeito de matar filha e sobrinha a marteladas cometeu crime por vingança da ex: ‘mostrar como é ficar sem filho’

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Davi Souza Miranda teve a prisão temporária convertida para preventiva, nesta segunda-feira, 25, após audiência de custódia. Na ocasião, foram revelados trechos de depoimentos de testemunhas da morte a marteladas da filha do suspeito, de 5 anos, e da prima dela, de 4, em Senador Camará, no Rio de Janeiro.

O crime ocorreu na última sexta-feira, 22. A filha de Davi, Luísa Fernanda, e a sobrinha, Ana Beatriz, haviam sido levadas até a casa do suspeito pela ex-cunhada dele, Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, que também era mãe de Ana. O homem estava proibido de se aproximar da ex-esposa, devido a uma medida protetiva.

Natasha também foi golpeada com um martelo, além das duas meninas. O suspeito fugiu logo após o crime, mas foi preso na manhã do dia seguinte. Durante a audiência de custódia, foi revelado que filha mais velha de Davi, uma adolescente de 13 anos, contou à polícia que pouco antes do crime, o pai estava inconformado porque a sua ex-companheira, mãe de Luísa, havia denunciado os crimes que ele praticou contra ela.

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Ele teria dito que mataria a ex-cunhada com marretadas e ainda mataria a própria filha, como forma de “mostrar à ex-companheira como era ficar sem filho”. Em dado momento, o homem disse à adolescente ‘eu vou fazer’ e a obrigou a ficar dentro do quarto. Em seguida, a menina ouviu barulhos de marretada. Ela também ouviu a irmã gritar: “pai não faz isso, não pai, pelo amor de Deus, pai”.

O homem fugiu, obrigando a filha mais velha a ir com ele. O suspeito ainda ligou para a avó da sobrinha para dizer que havia cometido o crime. Durante a fuga, Davi telefonou para a ex-esposa, falando que ela tinha “provocado uma tragédia na família”. Vizinhos teriam entrado no imóvel em chamas, onde encontraram uma das crianças com os pés presos sob uma cama box, com o corpo todo queimado.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou que as duas meninas morreram em decorrência de traumatismo craniano. Já a ex-cunhada foi resgatada com vida, e está internada em estado grave. A defesa tentou conseguir o relaxamento da prisão, mas a juíza Rachel Assad da Cunha, reconheceu a gravidade do caso.

“A frieza e desequilíbrio emocional do custodiado, apontados pela própria dinâmica dos fatos, é fator que pode contribuir para que as testemunhas se sintam constrangidas para prestar depoimento sabendo que o autor de um crime de tamanha gravidade estará solto no mesmo ambiente. Ressalte-se que a principal testemunha dos fatos é outra filha do custodiado e conta com apenas 13 anos de idade, devendo-se destacar que a menor relata o temor que sente do pai, justamente pelo comportamento descompensado”, completa.

 

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