Segundo a polícia, a suspeita é que o marido da vítima tenha cometido o crime após uma briga do casal. O homem fugiu após a morte de Lucilene e está sendo procurado pela polícia.
A irmã mais nova da vítima, Lurdete Gonçalves falou sobre o casamento de Lucilene durante o velório dela, nesta sexta-feira (17).
“Desde o início do relacionamento, ele sempre bateu nela. Quando presenciávamos, a gente se metia, mas de um tempo para cá houve um ciúme que levou a esse fato que aconteceu. Toda vez que eles brigavam, ligavam para mim ou para minha outra irmã. Sempre aconselhamos: ‘você não quer mais, deixa ele’. Mas nunca eles chegavam ao senso de separarem”, disse.
Segundo Lurdete, o marido da vítima, suspeito do crime, começou a ameaçar de morte a esposa há três meses. O carro em que o corpo foi encontrado havia sido comprado por ela há três meses.
“Ele dizia para a filha deles: ‘eu vou matar tua mãe’, mas nunca esperávamos que isso aconteceria. Ele falava que ela tinha mudado depois que comprou o carro. Era um relacionamento turbulento”.
O casal viveu juntos por quase 30 anos e, segundo a família, se separaram apenas uma vez por pouco tempo. Eles tiveram dois filhos, mas um rapaz de 21 anos morreu há três anos. A filha do casal, de 29 anos, foi a primeira pessoa da família a saber da morte da mãe, pois o homem ligou para uma amiga da vítima e confessou o assassinato.
“Ele ligou para essa amiga e disse: ‘eu matei a Luci. O corpo dela está em tal lugar’. Contou tudinho. E essa amiga foi quem ligou para filha dela”, lembrou.
A polícia informou que a mulher estava sem roupa e que havia várias marcas de agressões pelo corpo. A causa da morte só será informada após o laudo de necropsia.
O casal morava no bairro Vila da Prata, em cima da casa da Mãe do suspeito. De acordo com informações da polícia repassadas para a família, após a perícia, foi constatado que a técnica foi morta dentro de casa.
Além da filha, a técnica de enfermagem tinha três netos. O sepultamento dela será nesta sexta-feira (17) no cemitério São João Batista. Ela trabalhava há mais de dez anos no Instituto da Mulher Dona Lindu. Os colegas de trabalho compareceram ao velório, mas relataram que a vítima não comentava sobre o casamento.
“Estamos todos triste com essa perda. Era uma colega que não fazia mal para ninguém. Sempre prestativa, parceira. É muito revoltante, dolorido”, disse a técnica em enfermagem Rejane Bastos.