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POLÍCIA

Tesoureiro do PCC que monitorou a própria prisão é condenado a 6 anos

Publicado em

A Justiça paulista condenou Renato da Costa Menezes, o Gordinho da Unidos, de 48 anos, apontado como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e gerente do tráfico de droga de morros de Santos, no litoral paulista, a 6 anos de prisão, 1 ano de detenção e pagamento de 20 dias-multa por associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo.

Na sentença, a juíza Elizabeth Lopes de Freitas, da 4ª Vara Criminal do Foro de Santos, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), também mandou o tesoureiro do PCC, que está preso desde o fim de 2023, permanecer na cadeia e determinou o cumprimento de pena no regime semiaberto. A decisão foi proferida no dia 18 de abril e a defesa entrou com apelação.

Gordinho da Unidos foi preso em flagrante na própria casa, em Santos, no dia 27 de dezembro. Policiais civis foram ao local para cumprir mandado de busca e apreensão, mas encontraram armamentos ilegais e utensílios usados no tráfico de drogas com o suposto tesoureiro do PCC.

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Na ocasião, ele acompanhou toda a movimentação policial, por meio de câmeras de segurança instaladas no imóvel, até o momento em que foi preso. Para detê-lo, os agentes montaram um cerco em volta da casa e tiveram que pular o muro.

Julgamento

Na casa dele, os agentes encontraram uma pistola Glock, calibre 9 milímetros, com carregador prolongado e a numeração raspada. Também havia uma espingarda calibre 12 e munições.

Além das armas, a polícia encontrou radiocomunicadores, balanças de precisão, documentos, anotações sobre o fluxo de vendas de droga na região, inclusive o sistema de vigilância da casa.

Em juízo, o tesoureiro do PCC, que também cuidava das finanças de uma escola de samba da cidade, negou que fizesse parte da facção, mas admitiu que as armas ilegais eram suas.

Ele alegou que os rádios e as anotações de movimentações financeiras eram usados na sua atividade na escola de samba. Também afirmou que as armas apreendidas haviam sido encontradas por um pedreiro, enterradas em um tonel, durante uma obra em Itanhaém, no litoral, cerca de um mês antes da prisão.

“Entretanto, a versão apresentada pelo réu, por ocasião de seu interrogatório judicial, não se sustenta, diante da robusta prova produzida no curso da instrução processual”, registrou a magistrada, na sentença.

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Tesoureiro do tráfico

Segundo a investigação, Gordinho da Unidos teria assumido a responsabilidade de recolher o dinheiro movimentado nas biqueiras, como são chamados os pontos de venda de drogas dos morros de Santos.

Os documentos policiais dizem, ainda, que Gordinho da Unidos era “comumente visto ostentando arma de fogo com carregador prolongado, além de armas longas”.

Diferentes apurações também apontam que o tráfico na cidade é dominado pelo PCC, organização criminosa brasileira que monopoliza o envio bilionário de cocaína para a Europa, por via marítima, pelo porto de Santos.

A investigação que levou à prisão do tesoureiro do PCC foi feita pela 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes, da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Santos.

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