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POLÍCIA

Testemunha relata à polícia que sabe o motivo da morte de empresário envenenado com brigadeirão

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Três testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil, nesta quinta-feira, 7, sobre o caso do empresário Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos, que morreu após comer um brigadeirão envenenado. Uma delas relatou às autoridades que sabe o motivo do homicídio da vítima e que está recebendo ameaças da família de uma das suspeitas do crime. A informação é da TV Globo.

Até o momento, duas pessoas estão presas: a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que era namorada de Luiz Marcelo, e Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana. Ambas eram amigas. Para a Polícia, a segunda seria a mandante do crime.

Na 25ª DP (Engenho Novo) uma testemunha contou que sabe a motivação da morte do empresário, mas alegou que está sofrendo ameaças por parte de familiares da cigana. A advogada do depoente também foi ouvida pela equipe de investigação e informou que também é alvo de ameaças.

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Victor Ernesto de Souza Chaffi, ex-namorado de Suyany, foi a terceira pessoa ouvida na delegacia. Ele chegou a ser preso por receptação, por estar com o carro de Luiz Marcelo, mas pagou fiança de R$ 5 mil e segue em liberdade. De acordo com a polícia, o veículo foi entregue por Júlia.

Polícia acredita que Julia não agiu sozinha

Ainda segundo a TV Globo, a polícia acredita que a psicóloga agiu a mando de Suyany Breschak. Ela afirma que ainda teria R$ 600 mil a receber de Júlia por “trabalhos espirituais de limpeza”. A mãe da psicóloga, Carla Cathermol, declarou à polícia que a filha havia dito que “fez uma besteira obrigada por Suyany” e que “estava sob forte ameaça de Suyany há muito tempo”.

Ela e o padrasto de Julia, Marino Bastos Leandro, foram conduzidos para a 25ª DP (Engenho Novo) na terça-feira, 4, já que não haviam comparecido espontaneamente para prestar depoimento. À polícia, a mãe disse que ela e Marino estiveram na casa da filha em 27 de maio e perceberam Júlia estava “bastante aflita e abatida”.

No entanto, a filha não dizia haver cometido crimes, mas repetia que “tinha feito uma besteira”, obrigada pela “cigana”. A mãe decidiu levá-la para Maricá, onde mora. Então, a filha teria confessado à mãe acreditar que Suyany iria matar a família toda “por meio de feitiçarias”.

Ainda de acordo com Carla, a filha admitiu ter entregado os bens do empresário para Suyany, também a pedido da suposta cigana. Uma nota da defesa de Júlia divulgada nesta quarta-feira, 5, pela TV Globo, pede “um olhar mais apurado” na “questão da religiosidade”, uma referência indireta a Suyany Breschak.

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“Os elementos que até o momento foram reunidos indicam que a Suyany teria um certo controle sobre o que Julia fazia. É que Julia fazia tudo o que Suyany pedia. Então, em princípio, nós estamos nos baseando nesses elementos também para dizer que Suyany aparentemente tinha um controle sobre os atos de execução, apesar de não ser ela a executora direta. Sabemos também que Suyany foi destinatária dos bens que foram subtraídos da vítima”, diz o delegado Marcos Buss à Globo.

Procurada pela emissora, a defesa de Suyany afirma que ela não tem participação no crime que vitimou o empresário.

Relembre o caso do ‘Brigadeirão’

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado pela própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta. O caso aconteceu no último dia 17, quando os dois foram vistos pela câmera de segurança do elevador do prédio onde ele morava, no Engenho de Dentro.

Segundo a investigação, nas imagens, o empresário aparece segurando um prato com um brigadeirão. A suspeita é que Júlia já tivesse envenenado o doce para matar o companheiro. Luiz Marcelo foi encontrado morto, em estado avançado de decomposição, após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento, e acionarem as autoridades.

Embora o laudo da necrópsia não tenha apontado a causa da morte, indicou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima. Depois, em análise ao “conteúdo estomacal” do corpo da vítima, os peritos chegaram até as duas substâncias: morfina e clonazepan.

Clonazepan é um medicamento usado em tratamentos de ansiedade e transtorno do pânico. Já a morfina, é um forte analgésico da classe de opióides. No local do crime, a polícia já havia encontrado o remédio Dimorf, que tem como princípio ativo a morfina. Ambas as medicações são de uso controlado e tem potenciais sedativos.

Foi apurado que Júlia, 9 dias antes das imagens do elevador, foi até uma farmácia e pediu o medicamento de uso controlado. Desde o último dia 20, a polícia apura a causa da morte do empresário. Júlia, namorada de Luiz, teria cometido o crime para ficar com bens e dinheiro da vítima. As autoridades acreditam que ela passou todo o fim de semana no apartamento com o corpo do namorado.

 

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