POLÍCIA
‘Tio Patinhas’: veja quem é o criminoso casado com a mulher que visitou o MJ
Apontado como o chefe do Comando Vermelho no Amazonas, Clemilson dos Santos Farias, mais conhecido como “Tio Patinhas”, ganhou os noticiários nesta segunda-feira (13), após ter sido revelado que sua esposa esteve ao menos duas vezes no Ministério da Justiça e Segurança Pública neste ano.
Em março, Luciene Barbosa Farias, também chamada de “dama do tráfico amazonense”, participou de um encontro com Elias Vaz, secretário nacional de Assuntos Legislativos, com quem teria debatido supostas irregularidades no sistema penitenciário brasileiro.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), além de liderar a facção criminosa na região, o narcotraficante, de 45 anos, está envolvido em diversos homicídios em Manaus. Em 2022, ele chegou a ser considerado um dos criminosos mais procurados do estado.
Tio Patinhas foi condenado a 31 anos e sete meses de prisão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, em segunda instância, em outubro deste ano, de acordo com o Tribunal de Justiça.
Uma das prisões do chefe local do Comando Vermelho ocorreu em junho de 2018. Ele foi encontrado em um apartamento de luxo em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife. O narcotraficante havia saído de Manaus de barco com destino ao Pará, de onde seguiu para o Maranhão e, depois, para Pernambuco.
Na época, o secretário de Inteligência, Herbert Lopes, informou que o imóvel em que ele foi preso havia sido comprado por cerca de R$ 500 mil. No Nordeste, Tio Patinhas abriu uma empresa de transportes com caminhões-baús e investiu numa loja de confecções para a esposa com o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Em janeiro de 2022, o narcotraficante foi solto pela Justiça, que considerou a denúncia improcedente em razão da fragilidade das provas apresentadas. Dez meses depois, entretanto, o homem foi preso mais uma vez, na comunidade Braga Mendes, na zona norte de Manaus.
Na ocasião, a Polícia Militar encontrou mais de 200 kg de maconha — que seriam levados para o Pará — no fundo falso de uma van e munições, pertencentes ao criminoso. Ele tinha mandados de prisão em aberto por associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.