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POLÍCIA

Tribunal do Crime: Julgamento em Rio Branco condena dois e absolve um envolvido em homicídio brutal

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Rio Branco, Acre – Um julgamento tenso e carregado de emoção chegou ao fim na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, com a condenação de dois réus e a absolvição de um terceiro, acusados de envolvimento na morte de Elvisklei Farias Pereira, de 24 anos. O crime, ocorrido em setembro de 2023, chocou a comunidade local pela brutalidade e pela ligação com o autodenominado “Tribunal do Crime”.

Elvisklei Farias Pereira foi encontrado morto, com as mãos e os pés amarrados, nas águas do Rio Acre, no dia 13 de setembro de 2023. A vítima foi atraída para uma emboscada através de um perfil falso em redes sociais, onde criminosos o aguardavam para levá-lo à margem do rio e decretar sua sentença de morte.

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As investigações da Delegacia de Homicídios apontaram para Edson de Souza Machado, conhecido como “Béreu”, Jhon Detlevis Monte Ribeiro, o “Porquinha”, e Welison da Silva Chagas, o “Pestana”, como os responsáveis pelo crime. O Ministério Público do Acre (MP-AC) denunciou o trio por homicídio qualificado e integração a organização criminosa.

Durante o interrogatório, Jhon Detlevis confessou o crime, alegando que o mandante foi Jeremias Lima de Souza, apontado como uma das lideranças do Bonde dos 13 e executado a tiros em dezembro do ano passado. Jhon afirmou ter tentado impedir o assassinato, mas não conseguiu contrariar a ordem de Jeremias.

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Edson de Souza Machado também confessou participação no homicídio, corroborando a versão de Jhon. Registros do Iapen confirmaram que Edson, monitorado por tornozeleira eletrônica, permaneceu no local do crime por cerca de 25 minutos. Welison da Silva Chagas, também monitorado eletronicamente, negou qualquer envolvimento no crime.

A motivação do crime seria um suposto abuso sexual contra uma menina de 13 anos, sobrinha de Jhon. A irmã do réu teria informado Jeremias sobre o caso, em vez de acionar a polícia. Em depoimento, Jhon afirmou que a própria criança negou ter sido abusada.

Após o julgamento, Edson Machado foi condenado a 32 anos de prisão, enquanto Jhon Detlevis recebeu pena de 26 anos, ambos em regime fechado. Welison da Silva Chagas foi absolvido das acusações, gerando debates e questionamentos sobre sua participação no crime.

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O caso Elvisklei Farias Pereira expõe a complexidade e a violência do crime organizado no Acre, bem como a atuação do “Tribunal do Crime” na região. A condenação de dois dos acusados representa um passo importante na busca por justiça, mas a absolvição de um dos réus levanta dúvidas e incertezas sobre a total elucidação do caso. A sociedade acreana aguarda os próximos capítulos dessa história, que ainda ecoa nos corredores da justiça e nas ruas de Rio Branco.

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