Trio que distribuiu ovos de páscoa em nome de facção é transferido para Rio Branco

A aparente generosidade da Páscoa em Senador Guiomard, no Acre, revelou uma face sombria da criminalidade organizada. A Operação Aepyornis desmascarou um trio que, sob o disfarce de distribuir ovos de chocolate, promovia uma facção criminosa. Lucas da Silva, Leandro da Silva Feitosa e um terceiro indivíduo, cujo nome permanece confidencial, foram presos em 28 de maio e transferidos para o Complexo Penitenciário de Rio Branco.

A estratégia era perversa: usar um ato aparentemente solidário, a doação de ovos de Páscoa à comunidade, para fortalecer a imagem e o alcance da facção. A distribuição, ocorrida nos dias que antecederam a data festiva, foi cuidadosamente planejada e seguida de publicações nas redes sociais, explicitamente atribuindo a ação à organização criminosa. Essa estratégia de marketing subversivo visava cooptar a população e aumentar a influência da facção na região.

A Delegacia Geral de Polícia de Senador Guiomard, liderada pelo delegado Rômulo Barros, conduziu as investigações que expuseram a verdadeira intenção por trás da doação de ovos de Páscoa. O caso demonstra a sofisticação das táticas usadas pelo crime organizado para se infiltrar na sociedade e recrutar novos membros. A transferência dos três investigados para o Complexo Penitenciário de Rio Branco representa um passo importante na luta contra a criminalidade no Acre, mas ressalta a necessidade de vigilância constante e de estratégias para combater a manipulação social empregada por facções criminosas. A aparente bondade da Páscoa serviu como ferramenta para o mal, um lembrete de que a aparência pode ser enganosa, e que a vigilância é essencial para a segurança da comunidade.