POLÍCIA
Vereadoras que votaram contra a cassação de Gilvan de Souza são alvos de protestos
Apesar de ter sido removido do cargo, a situação do ex-vereador Gilvan de Souza do partido PCdoB, da cidade de Bujari, ainda está sendo falada depois que ele perdeu o cargo por ter sido acusado de violência política contra a vereadora Eliane Rosita do partido Progressistas.
No dia 21 desta semana, depois de tirarem o vereador do seu cargo, o Movimento de Mulheres Progressistas publicou uma mensagem expressando sua desaprovação. Durante o julgamento, as mulheres do grupo que foram até a câmara municipal ficaram muito chateadas com os votos das vereadoras Mariazinha (PDT) e Maria do Rosário (PROS). Elas não queriam que Gilvan fosse expulso. A cassação foi decidida por uma diferença pequena de 4 votos a favor e 3 contra. Duas das pessoas que votaram a favor do Gilvan foram mulheres vereadoras.
Segundo o Movimento, ao votarem contra a perda do mandato, Mariazinha e Rosário mostraram apoio à violência contra as mulheres. “Entendemos que cada pessoa tem o direito de exercer sua autonomia e sua consciência política, mas é importante ressaltar que, ao votar a favor da não cassação do vereador em questão, estas parlamentares se posicionaram a favor da violência política e da violência contra a mulher. Este é um posicionamento que não podemos ignorar nem silenciar”, diz a nota.
O texto diz que, embora o grupo não concorde com as vereadoras, eles não vão atacá-las. “No entanto, como movimento comprometido com o diálogo e a promoção da unidade entre as mulheres, não iremos atacar ou vilipendiar essas parlamentares. Pelo contrário, reiteramos nosso compromisso de defendê-las e oferecer suporte, porque acreditamos que todas as mulheres merecem proteção e apoio, independentemente de suas escolhas políticas”, explica.
A reportagem tentou falar com as duas políticas. A vereadora Mariazinha não respondeu às mensagens e a vereadora Maria do Rosário disse que não quer falar sobre o assunto agora.