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POLÍCIA

Vítima de agressão e estupro, mulher diz que foi encontrada com controle de TV dentro dela em Feijó; deputado faz apelo à Sejusp

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O deputado estadual Adailton Cruz, durante seu pronunciamento na tribuna, na sessão ordinária desta terça-feira, 29, fez um apelo à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), após relatar uma situação que aconteceu na zona rural do município de Feijó, onde uma mulher, segundo informações de servidores, teria sido violentamente espancada e estuprada em sua propriedade.

O nome da vítima não foi divulgado para preservá-la, mas a reportagem obteve acesso ao relato dela em suas redes sociais. Mesmo com o crime tendo acontecido no dia 31 de agosto, há quase um mês, ela decidiu se manifestar em busca de justiça.

No relato, ela conta que amava o local, uma colônia de propriedade da família, onde se sentia segura e onde a família costuma ir para descansar e celebrar. Porém, no dia 31 de agosto, tudo mudou. Enquanto seu marido saiu para comprar mantimentos, ela ficou deitada na rede na varanda, pois se sentia segura e desejava descansar.

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“Era um lugar onde me sentia segura, amava ver o pôr do sol, andar a cavalo, olhar a lua. Mas não sabia que alguém me observava. Nesse dia, meu marido saiu para comprar alguns mantimentos que estavam faltando em casa. Eu fiquei dormindo na rede, já que me sentia segura ali. Acordei com um monstro em cima de mim, tirando minha roupa e me espancando. Tentei de todas as maneiras me defender, mas com um soco no olho, não vi mais nada. Meu marido me encontrou desmaiada, despida e com um controle de TV dentro de mim. Foi horrível aquela situação”, diz o triste relato da vítima.

Ela segue sua postagem dizendo que, no dia seguinte, voltou para a cidade, onde foram feitos todos os procedimentos legais, mas que não tinha sequer coragem de contar aos filhos. Ao serem informados da situação, ficaram desesperados. A mulher relata que está fazendo acompanhamento psicológico, mas, mesmo assim, tem tido dias difíceis.

“Passei mais de um mês sem sair de casa devido às manchas roxas e ao medo. Estou usando medicação forte e, mesmo assim, sempre tenho pesadelos com esse monstro. Graças a Deus tenho tido amparo e apoio do meu marido e dos meus filhos. Difícil foi contar para minha filha, logo eu, que conversava com ela a respeito disso. Não tem sido fácil; a dor na alma é a que mais machuca. O pior é que quem fez tudo isso continua solto, vivendo normalmente, como se nada tivesse acontecido”, lamenta a vítima.

Apesar de tudo, a mulher confia na Justiça e acredita que, uma hora ou outra, tudo será resolvido. “Só não sei se vou ser a mesma de antes, ainda não consigo voltar ao lugar que tanto amo”, disse a vítima, que finalizou dizendo: “Quem me conhece sabe que não sou de expor minha vida, porém, achei necessário falar o que passei para que outras mulheres não se calem diante de tanta crueldade”, apelou ela.

Após o discurso de Adailton Cruz sobre essa situação, outros deputados também se manifestaram e endossaram o discurso do parlamentar, para que a justiça seja, de fato, feita e uma resposta seja dada a esta mulher e a esta família. “Crimes cruéis e absurdos como este não podem ficar impunes em nosso Estado”, manifestaram os deputados.

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