POLÍCIA
Vítima de assassinato, cantor de brega-funk MC Pitbull da Firma tem caixão desenterrado e incendiado
Um cantor de brega-funk que foi assassinado no último domingo (24) em Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, teve o túmulo violado na segunda-feira (25). O caixão com o corpo de João Vitor da Silva Amorim, de 23 anos, conhecido como MC Pitbull da Firma, foi desenterrado e incendiado no Cemitério São José, no centro do município. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
MC Pitbull da Firma foi morto a tiros na madrugada de domingo (24), em Gaibu, praia do Cabo de Santo Agostinho. O caso está sendo apurado pela 14ª Delegacia de Polícia. Os motivos do crime não foram divulgados “para não comprometer os trabalhos”.
De acordo com informações repassadas pelo município, o ataque ao túmulo de MC Pitbull da Firma aconteceu por volta das 20h de segunda.
“Será instaurado inquérito policial para averiguar o caso, que é considerado um crime bárbaro e de violência gratuita”, afirmou a prefeitura, no comunicado.
Nesta terça (26), o cemitério teve que ser isolado e os sepultamentos foram suspensos temporariamente.
Quem é MC Pitbull da Firma?
O artista de brega-funk tem pouco mais de 5 mil seguidores no Instagram e aparece nas redes sociais com títulos de música com conteúdo sexual explícito. Nas redes sociais, MC Pitbull da Firma costumava postar textos e fotos com informações relacionadas a casos de violência.
Em uma das postagens no Instagram, ele diz: “esse arrombado aí que matou Pedro tem que ser pego”. Em outra, afirma: “Foram para matar MCs lá no Mineiro. Guerra de tráfico entre eles. Gaibu contra Gaibu”.
O jovem também escreveu um pedido de ajuda para a família, se referindo a um caso de supostas mentiras postas na internet contra ele.
“Estão fazendo fake e inventando coisa minha sem eu ter nada a ver eu sei que isso. É inveja. Estão fazendo isso para me abalar, mas isso só me deixa mais forte”.
Procurada pelo g1, a assessoria e MC Pitbull da Firma conformou que o túmulo dele foi violado, mas não quis se pronunciar oficialmente sobre o caso.
“A família dele está muito abalada. Quando eles quiserem se pronunciar, a gente fala”, afirmou uma jovem que se apresentou como uma das responsáveis pela assessoria do artista.
O artigo 212 do Código Penal trata de casos de violação de túmulos. Segundo a legislação em vigor, o ato de vilipendiar cadáveres ou suas cinzas pode ser punido entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa.