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POLÍCIA

‘Vou te amar pra sempre’, diz namorada de delator do PCC assassinado no Aeroporto de Guarulhos

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Maria Helena homenageou namorado pelas redes sociais Foto: Reprodução/TikTok/@mariapaivaa

Maria Helena Paiva Antunes, de 29 anos, namorada de Vinicius Gritzbach, de 38 anos, delator da facção criminosa PCC, homenageou o amado em uma publicação nas redes sociais neste último fim de semana.

“Eu vi o cuidado de Deus comigo quando ele sussurrou no meu ouvido: ‘Filha não explica não, deixa que o teu pai justifica lá na frente’. Descanse em paz meu amor. Eu vou te amar pra sempre”, escreveu. Gritzbach foi morto com dez tiros de fuzil quando desembarcava no Terminal 2, do Aeroporto de Guarulhos, no dia 8 de novembro.

Maria Helena estava ao lado do namorado no dia do crime. Os dois retornavam de uma viagem para Maceió (AL). Segundo a jovem, eles namoravam há cerca de um ano e meio. Em depoimento, ela afirmou que o namorado falava sobre ameaças de morte que recebia.

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De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Maria Helena declarou à polícia que Gritzbach suspeitou ter visto em Alagoas um rapaz parecido com um sujeito que já o havia ameaçado anteriormente. Contudo, o rapaz que o ameaçou era fumante, e o que ele avistou não fumava.

Ainda em Alagoas, Maria Helena ouviu o namorado conversando por telefone sobre uma dívida. Posteriormente, dois seguranças foram até Maceió para buscar joias que seriam um pagamento ao débito. As peças foram apreendidas pela polícia após a morte do delator e avaliadas em R$ 1 milhão.

Prejuízo causado pela morte do delator

O Promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, revelou em entrevista GloboNews que houve prejuízo com a morte de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach.

“Os prejuízos são enormes. O Vinícius tem praticamente uma década de envolvimento com lavagem de dinheiro e com crime organizado. Ele estava em um processo de delação por etapas, estava nos entregando vários desses criminosos. Agora, muita coisa ainda estava por ser revelada pelo Vinícius”, disse.

Em acordo de delação premiada, o empresário prometeu entregar esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e falou sobre crimes envolvendo policiais.

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Segundo documento obtido pelo Estado de S.Paulo, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), além do 24º DP (Ermelino Matarazzo) e do 30º DP (Tatuapé), foram citados na delação.

O conteúdo das declarações envolvia crimes de concussão (extorsão cometida por agentes públicos), corrupção passiva e associação criminosa cometidos por policiais.

 

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