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POLÍTICA

A fúria de Lula com Alexandre Padilha

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Luiz Inácio Lula da Silva durante o "Conversa com o Presidente", nesta segunda-feira (YouTube/Reprodução)

No início de agosto, o presidente Lula ficou às turras com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, depois que ele anunciou que os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) tinham sido convidados para chefiar pastas. Lula só não mandou Padilha de volta para a Câmara por interseção da primeira-dama Janja e da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

As negociações existem e estão em reta final. Ambos devem mesmo assumir ministérios. O governo estuda entregar o Ministério do Esporte para Fufuca e Portos e Aeroportos para Costa Filho. Isso não significa que, à época do anúncio, as coisas estivessem tão alinhadas quanto sugeriu Padilha. Tanto não estavam que a votação do arcabouço fiscal demorou quase um mês para ser apreciada no Plenário. Por isso a fúria de Lula. Dias depois do anúncio, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, afirmou em entrevista a CNN que se Fufuca fosse nomeado ministro ele teria que se afastar das decisões partidárias.

Lula ainda não bateu o martelo, mas assessores do presidente já vaticinam que Fufuca exercerá um mandato-tampão na Esplanada e será substituído na esteira das negociações para a próxima eleição à presidência da Câmara, em 2025. Ele daria lugar ao próprio Arthur Lira, que deixará o comando da Casa, ou a outro quadro indicado pelas forças políticas que vencerem a disputa na Câmara. Em Brasília, como se sabe, a rede de intrigas nunca para.

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