Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

A pedido de Marina, AGU muda regras de proteção da Mata Atlântica criadas por Bolsonaro

Publicado em

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima conseguiu o parecer da Advocacia-geral da União (AGU), para derrubar regras menos rigorosos em relação à proteção da Mata Atlântica, estabelecidas durante o governo Bolsonaro, em 2019.

O pedido feito pela ministra Marina Silva, solicita a aplicação total da Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/06), que não tolera a consolidação de ocupação irregular no bioma sem a devida e rigorosa compensação ambiental. O parecer publicado durante o governo Bolsonaro, dizia que as regras do Código Florestal, menos rigorosas em relação à ocupação na área, deveriam ser aplicadas na Mata Atlântica. A publicação definia ainda que ocupações realizadas até junho de 2008 em áreas de preservação da Mata Atlântica poderiam ser consolidadas, conforme previsto no Código Florestal.

Após intensas contestações judiciais, o então ministro da pasta, Ricardo Sales, revogou o parecer. Porém, na época, Bolsonaro ainda recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar consolidar o parecer. Os ministros negaram a ação, alegando que o pedido era inconstitucional.

Nas redes sociais, a ministra Marina comemorou a decisão da AGU. “O bioma mais ameaçado do Brasil ganhou novo suporte jurídico de proteção com a decisão da AGU que, atendendo solicitação do MMA, revogou regras menos rigorosas, definidas pelo governo anterior, e que fragilizavam a Mata Atlântica”.

No novo parecer, a AGU entendeu que “estender o entendimento do regime geral de reposição da Área de Preservação Permanente previsto nos arts. 61-A e 61-B, do Código Florestal, para o pouco que resta do Bioma da Mata Atlântica (patrimônio nacional reduzido a menos de 10% da sua área original), equivaleria a contribuir para ampliação da sua degradação, colocando em xeque toda uma política de regeneração que vem sendo construída ao longo dos anos, desde a promulgação da Constituição de 1988, para que se possa recuperar inclusive áreas já desmatadas do bioma”, diz trecho da publicação.

Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement