POLÍTICA
Aiache apresenta projeto para atendimento prioritário para mães (pais / responsáveis) atípicas

O Anteprojeto de Lei “Dispõe sobre a prioridade de atendimento psicossocial às mães atípicas que se dedicam integralmente ao cuidado de filhos com transtorno do espectro autista na rede de saúde do Município de Rio Branco (AC) e dá outras providências”.
Segundo Aiache, a proposta reconhece o termo “mães atípicas” como uma forma de dar visibilidade a mulheres que vivenciam uma maternidade profundamente marcada pela sobrecarga emocional, física e psicológica, decorrente dos cuidados diários e intensivos exigidos por filhos com TEA. Trata-se de uma realidade que, em muitos casos, é atravessada por outros fatores de vulnerabilidade, como abandono parental, pobreza e histórico de violência doméstica.
De acordo com o Anteprojeto de Lei, nos casos em que a mãe tenha dificuldade para acompanhamento presencial, devido ao grau do autismo do filho, mediante solicitação, o Município de Rio Branco deverá propiciar acompanhamento por videoconferência com médicos e profissionais da área psíquica e terapêutica.
O parlamentar ainda destacou, na justificativa do projeto, que a própria Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente já garantem o direito à saúde, à assistência social e à proteção à maternidade, especialmente no caso de crianças com deficiência.
“É o município pioneiro no Brasil, e a gente traz essa demanda para as pessoas que têm esse problema, que precisam trabalhar com essas crianças, que precisam ficar integralmente com elas. Então, a gente traz uma prioridade no atendimento psicossocial para eles”, explicou Aiache.
Alcione Fernandes, coordenadora de atendimento do Observatório BPC e mãe atípica de três crianças, falou da dificuldade em lidar com as diversas situações e da importância dessa preocupação também com o psicológico das mães e cuidadores. “Esse projeto vem abranger todas as mães que precisam desse atendimento mental, porque a gente passa por ‘N’ situações. Já tem a batalha do dia a dia, a gente tem que batalhar para ter um cuidador, um mediador, consultas, exames. Esse projeto vai ajudar muitas mães a, pelo menos, se entenderem, porque muitas estão sofrendo muito, não conseguem se encontrar, não conseguem se entender e nem entender a criança”, explicou Alcione.
Já existem projetos semelhantes a este, propostos por outros vereadores, e Aiache acredita que, com a união de todos e um bom alinhamento, o PL possa ser aprovado e sancionado pelo prefeito, beneficiando centenas de mães, familiares de crianças autistas e suas famílias.
