POLÍTICA
Aiache destaca importância da imunização em Tribuna Popular e promove ação de vacinação na Câmara Municipal

Em alusão ao Dia Nacional de Vacinação, o vereador Aiache (PP) utilizou a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Rio Branco para destacar a importância da imunização e reforçar o compromisso com a saúde pública. O tema do debate foi “52 anos do Programa Nacional de Imunizações: avanços e desafios no Acre”.
A vacinação é um ato de amor e de responsabilidade coletiva. Quando nos vacinamos, cuidamos não apenas de nós mesmos, mas de toda a comunidade. É a união entre a ciência, a saúde pública e o compromisso de cada cidadão com o bem comum. Por isso, é fundamental continuarmos apoiando as ações de imunização, fortalecendo as equipes de saúde e incentivando a população a manter o cartão de vacinas em dia. Reforço aqui meu reconhecimento a todos os profissionais envolvidos coordenadores, enfermeiros, técnicos e agentes comunitários pelo empenho e dedicação em proteger vidas todos os dias, afirmou o vereador.
A coordenadora estadual de Imunizações, Renata Quiles, foi uma das convidadas a participar da Tribuna e apresentou um panorama sobre o cenário vacinal no estado.
“Hoje, o cenário que nós temos é o melhor dos últimos dez anos. São as melhores coberturas vacinais, mesmo que ainda abaixo dos parâmetros preconizados pelo Ministério da Saúde. Mas esse é o nosso movimento, sensibilizar o máximo de pessoas, principalmente aquelas que têm influência sobre a sociedade e que compreendem e defendem a ciência”, destacou Renata.
Durante o evento, foi realizada uma ação de vacinação na Câmara Municipal, com aplicação de doses contra sarampo, tétano, febre amarela, difteria e hepatite B, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) completa 52 anos em 2025. Criado em 18 de setembro de 1973, o programa é referência mundial por garantir acesso gratuito e universal às vacinas e por ter sido decisivo na eliminação de doenças como poliomielite, tétano neonatal e síndrome da rubéola congênita no Brasil.
Ao longo das décadas, o PNI também contribuiu para o controle de enfermidades como difteria, coqueluche, hepatite B e febre amarela, consolidando o país entre os líderes mundiais em políticas públicas de imunização.
No Acre, os dados mais recentes apontam avanços e desafios. A cobertura vacinal apresenta variações entre municípios e tipos de imunizantes:
•Meningocócica ACWY (11 a 14 anos) – 54,8% de cobertura no estado (2022–2025);
•HPV Quadrivalente (9 a 14 anos) – 53% em meninas e 37% em meninos (dados parciais até outubro de 2025);
•Covid-19 – 90,4% de cobertura na segunda dose e 71,8% no reforço entre adultos e idosos;
•Vacina contra a dengue (10 a 14 anos) – média estadual de 26,2% na 1ª dose e apenas 10,2% na 2ª;
•Rotina infantil (BCG, Hepatite B e Rotavírus) – entre 75% e 90%, abaixo da meta ideal de 95%;
•Influenza – 50,7% de cobertura em 2025, com variação de 29% (Bujari) a 68% (Porto Walter).
Entre os principais desafios, Renata Quiles destacou a falsa sensação de segurança, a desinformação e a hesitação vacinal, fatores que comprometem as metas de cobertura.
Para enfrentar essas barreiras, o Acre tem adotado estratégias como busca ativa, vacinação escolar, campanhas de multivacinação, ações de fronteira e mutirões, além de capacitações e monitoramento contínuo dos indicadores.
“Vivemos o desafio de reconquistar a confiança da população nas vacinas. Que o sucesso venha pela orientação e não pelo ressurgimento de doenças já controladas”, reforçou Renata Quiles.



