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POLÍTICA

Alckmin minimiza impacto do “Tarifaço” de Trump e aponta alternativas para o Brasil

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O vice-presidente Geraldo Alckmin assegurou neste sábado (23) que o Brasil superará a crise comercial desencadeada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, destacando a menor dependência do país em relação ao mercado norte-americano em comparação com décadas passadas.

“Vai passar. Na década de 1980, 24% das nossas exportações eram destinadas aos EUA, quase um quarto do total. Hoje, esse percentual é de 12%, e o que está afetado pelo ‘tarifaço’ representa apenas 3,3%”, observou Alckmin durante um debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília.

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Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou que 36% das exportações para os EUA são as mais impactadas pela tarifa de 50%, afetando principalmente setores da indústria de manufatura, como máquinas e equipamentos e a indústria têxtil.

“Indústrias de máquinas, equipamentos, calçados e têxtil são as mais vulneráveis. Produtos como carne e café, se não forem vendidos nos EUA, podem ser facilmente realocados para outros mercados. No entanto, produtos manufaturados demandam mais tempo para encontrar novos destinos”, explicou Alckmin, que lidera as negociações do Brasil sobre o tema.

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O vice-presidente garantiu que o governo não desistirá de reduzir a alíquota e ampliar a lista de produtos isentos. Atualmente, 42% dos produtos exportados pelo Brasil não foram sobretaxados, enquanto 16% foram incluídos em taxas que afetam outros países, como aço, alumínio e cobre.

Como alternativa, Alckmin mencionou a expansão para novos mercados, como a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, prevista para o fim do ano, e outras negociações com o EFTA (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), Singapura e Emirados Árabes Unidos.

Alckmin também destacou as medidas governamentais para mitigar os impactos negativos do “tarifaço”, como a abertura de linhas de crédito, a suspensão de tributos sobre insumos importados (drawback) e o aumento da restituição de tributos federais para empresas afetadas.

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No plano internacional, o Brasil já apresentou uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas americanas, e o caso pode chegar aos tribunais dos EUA. “Não se pode utilizar a política regulatória por razões partidárias ou políticas”, concluiu Alckmin.

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