Aliados do presidente Jair Bolsonaro no Centrão avaliam, nos bastidores, que ele fez um “gesto” ao STF, ao convocar seus apoiadores para um ato no Rio de Janeiro no 7 de Setembro deste ano.
O argumento é de que, ao instigar sua militância a participar do ato no Rio, e não em Brasília, Bolsonaro ajuda a evitar possíveis ataques ao prédio do Supremo, como seus apoiadores ameaçaram em 2021.
A ideia de Bolsonaro para o Dia da Independência deste ano é que o desfile em Brasília na manhã de 7 de setembro tenha caráter mais institucional e o do Rio, que acontecerá à tarde, um viés mais político.
O local do evento na capital fluminense é fruto de um impasse entre Bolsonaro e o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD). O presidente quer que o ato aconteça na Praia de Copacabana.
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Paes, no entanto, não cedeu aos apelos de Bolsonaro e decidiu manter a cerimônia do 7 de Setembro na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como os militares haviam pedido inicialmente.
Em razão da pandemia, o desfile militar em Brasília não aconteceu em 2021. Bolsonaro, porém, participou de ato com apoiadores na Esplanada dos Ministérios, quando subiu num trio elétrico e atacou o STF.
No mesmo dia, à tarde, o presidente participou de outro ato na Avenida Paulista, em São Paulo, quando chamou o ministro do Supremo Alexandre de Moraes de “canalha” indiretamente.