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POLÍTICA

Ao se filiar ao partido Novo, Deltan faz apresentação por meio de Power Point

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Ao se filiar ao partido Novo, neste sábado (30), o ex-deputado federal Deltan Dallagnol apresentou as pautas que irá defender na legenda por meio de um slide de PowerPoint. O ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná vai ocupar o cargo de embaixador da sigla. Ele e a mulher, Fernanda, se filiaram à agremiação durante encontro nacional do Novo, em São Paulo, com a presença de cerca de 1.500 pessoas. 
O ex-procurador foi eleito nas eleições de 2022 para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Contudo, neste ano, teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e confirmado pelo Legislativo  com base na Lei da Ficha Limpa. Mas o partido Novo aposta nele, como embaixador, para atrair novas lideranças políticas e contribuir com os pilares do grupo de “combate à corrupção, a ética e a liberdade de expressão”.
Ao discursar, Deltan apresentou um PowerPoint que, em setembro de 2016, fez com que ele ficasse amplamente conhecido no país por apresentar a primeira denúncia da Lava Jato contra o presidente Lula (PT). Posteriormente, foi alvo de críticas e virou meme.
Na imagem, o nome de Lula aparece em um círculo no centro, e outros círculos com expressões como “mensalão”, “maior beneficiado” e “perpetuação criminosa no poder” apontam para o nome do petista. No encontro do Novo, ele foi amplamente aplaudido ao mostrar a imagem.
“As pessoas não estão aqui por cargos, estão aqui por transformações, estão aqui por bons propósitos. É um conjunto de pessoas idealistas, patriotas que lutam com coragem por bons propósitos, como o combate à corrupção, como a vida e a família e como a defesa da liberdade de expressão”, disse.

Cassação com menos de seis meses de mandato

No pleito eleitoral do ano passado, o ex-coordenador da força tarefa da Lava Jato no Paraná foi o candidato a deputado mais votado do Paraná, com cerca de 345 mil votos. Ele foi eleito pelo Podemos. Contudo, em maio, de forma unânime os ministros do TSE optaram por cassar o mandato dele com base na Lei da Ficha Limpa. A Câmara confirmou a cassação em 6 de junho.
O entendimento para que ele se tornasse “ficha suja” foi de que o ex-parlamentar cometeu fraude eleitoral ao pedir demissão do Ministério Público Federal (MPF), em novembro de 2021. Por ter pedido o afastamento apenas 11 meses antes das eleições, ele escapou de responder aos Processos Administrativos Disciplinares (PADs) no órgão em função de sua atuação enquanto procurador.
Conforme a Lei da Ficha Limpa, aqueles que são condenados por órgãos colegiados não podem ser candidatos a cargos eletivos. Dessa forma, Deltan Dallagnol não poderia ter concorrido a um cargo no Legislativo enquanto respondia por um processo interno como membro do Ministério Público Federal. Ele, contudo, sustenta que o TSE cometeu um erro e criou regras que não existiam.
O ex-deputado chegou a cogitar recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), mas na última semana desistiu de tentar reaver o mandato. Isso porque existia a possibilidade de o recurso apresentado por Deltan ficar sob a responsabilidade do ministro Dias Toffoli, que já havia negado um pedido parecido protocolado pelo ex-procurador neste ano.
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