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POLÍTICA

Ao voltar dos EUA e Cuba, Lula terá ficado quase dois meses fora do Brasil

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Quando voltar ao Brasil na próxima quinta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá completado 15 viagens internacionais e cerca de dois meses (56 dias) fora do território brasileiro. Desde o início do seu terceiro mandato, o petista já terá visitado 21 países.

Na sexta-feira (15), Lula embarcou para compromissos em Cuba e nos Estados Unidos. Em Havana, ele participa da Cúpula do G77 + China e, em Nova York, da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a partir de segunda-feira (18).

Em mais de nove meses de gestão, Lula já viajou para: Argentina, Uruguai, China, Emirados Árabes, Portugal, Espanha, Reinado Unido, Japão, Itália, França, Vaticano, Colômbia, Bélgica, Cabo Verde, Paraguai, África do Sul, Angola, São Tomé e Príncipe, Índia e Cuba. Da lista de nações, apenas Argentina e EUA o petista visitou duas vezes.

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Afinal, como os brasileiros têm visto agendas internacionais de Lula? De acordo com pesquisa IPEC, divulgada no início do mês, quando o petista ainda estava na Índia para reunião do G20, 53% dos brasileiros disseram acreditar que os compromissos no exterior “ajudam o governo”. Por outro lado, 39% dos entrevistados afirmaram que “atrapalham” e, por fim, 8% não souberam opinar.

O petista tem protagonizado a volta da diplomacia presidencial. Característica abandonada por Jair Bolsonaro (PL) e pouco explorada pelo antecessor Michel Temer (MDB). Atuando como espécie de garoto-propaganda do Brasil, o petista vem mostrando que o país está de volta ao cenário internacional.

Diante disso, Lula tem discursado em defesa da transição energética e proteção da floresta Amazônica.  Com a pauta ambiental, tem recebido aplausos nos palcos de diferentes continentes.  Mas nem tudo são flores.

São nas agendas exteriores, muitas vezes, que o mandatário brasileiro tem provocado crises diplomáticas e gerado dor de cabeça aos seus auxiliares.

Ele tem despertado desconfiança da comunidade internacional quando o assunto é a Guerra da Ucrânia e a falta de críticas mais incisivas à Rússia.

Ao tentar encampar o Brasil como protagonista numa possível solução de paz no conflito entre Kiev e Moscou, o petista colocou na mesma balança o poder de força e barganha dos dois países.

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Lula chegou a atacar Estados Unidos e nações europeias pelo fornecimento de armamento ao país liderado por Volodymir Zelensky, ao dizer que eles estavam mais interessados na guerra ao invés do fim do armistício. Com isso, deu sinal trocado, mostrando um possível alinhamento com Vladimir Putin.

Na Índia, teve que voltar atrás após dizer que o líder russo não seria preso em solo brasileiro caso estivesse, ano que vem, ao Rio de Janeiro, participar da reunião do G-20. Putin tem mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Haia. Como país signatário, o Brasil teria que cumprir a decisão. Lula chegou a criticar a maior corte internacional penal, que julga crimes de guerra e violação dos direitos humanos.

Gafes nas agendas no exterior

A passagem mais curta de Lula por um país foi em Cabo Verde, na África. Mas ficou marcada por uma declaração infeliz do petista. Quando retornou da Bélgica, em julho, ele não chegou a realizar uma agenda diplomática no país lusófono, mas fez uma rápida parada para abastecer aeronave.

Mesmo tendo ficado duas horas no local, ele deu uma declaração polêmica à imprensa que foi suficiente para ganhar as manchetes dos jornais. O petista, ao lado das autoridades de Cabo Verde, agradeceu à África “por tudo que foi produzido pelos 350 anos de escravidão” no Brasil. 

Avião presidencial 

Para atender um pedido de Lula, o Ministério da Defesa chegou a encaminhar um levantamento de uma nova aeronave mais confortável para transportar a comitiva presidencial, juntamente com a primeira-dama, Janja da Silva.

O novo “Aerolula” custaria R$ 400 milhões aos cofres públicos. Com mais comodidade, o avião tem: cama de casal, banheiro com chuveiro, gabinete privativo de trabalho, sala de reunião e cerca de 100 poltronas semi-leito.  Por causa da repercussão negativa, o governo desistiu de dar andamento à compra.

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