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POLÍTICA

Após crise com grupo Wagner, Putin reforça “confiança” de vitória na Ucrânia

Publicado em

A televisão estatal da Rússia veiculou neste domingo (25/6) uma entrevista com o presidente Vladimir Putin, aparentemente gravada anteriormente à revolta do Grupo Wagner. A crise foi superada — por hora — com o recuo dos mercenários, até então aliados do Kremlin na guerra da Ucrânia, para a Bielorrússia.

Na entrevista, Vladimir Putin demonstra confiança na vitória da Rússia na guerra da Ucrânia, ainda classificada oficialmente por Moscou de operação militar especial. O líder russo tenta manter o apoio popular à ocupação do país vizinho e superar o desgaste pelo prolongado conflito.

“Nós nos sentimos confiantes e, é claro, estamos em posição de implementar todos os planos e tarefas postas diante de nós. (…) Isso também se aplica à defesa do país, se aplica à operação militar especial, se aplica à economia como um todo e às suas áreas individuais”, disse Putin.

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Não há referência alguma à revolta iniciada neste final de semana por Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner. De acordo com a Reuters, trechos dos comentários de Vladimir Putin foram televisionados pela emissora estatal Rossiya 1.

O entrevistador é Pavel Zarubin. De acordo com o comunicador, a entrevista aconteceu após um econtro de Putin com graduandos militares, em referência a um evento supostamente realizado na última quarta-feira (21/6).

Crise com Grupo Wagner

Desde 2000, quando assumiu o poder na Rússia, Vladimir Putin não enfrentou crise interna semelhante à vivida nas últimas 48h. A tensão com o grupo mercenário Wagner, aparentemente superada, ainda tem impacto incerto na guerra da Ucrânia, mas colocou uma possível rebelião militar no teatro geopolítico internacional e prejudicou a imagem do presidente russo.

Putin falou uma única vez sobre a rebelião e, em um primeiro momento, classificou o motim como uma “punhalada nas costas”. O líder dos paramilitares, porém, continuou se declarando leal ao presidente russo. Yevgeny Prigozhin diz apontar suas armas somente contra o Ministério da Defesa, chefiado por Serguei Choigum, e o comandante das Forças Armadas do país, o general Valeri Gerassimov.

Após o recuo do grupo Wagner no fim do dia, o presidente russo mudou a estratégia, e o Kremlin optou por não punir Prigozhin. A decisão foi interpretada como sinal de fragilidade, mas também como uma tentativa de manter sua imagem imaculada.

Quem negociou o acordo para fim da rebelião foi Alexandr Lukashenko, presidente da Bielorrússia. O aliado do presidente russo garantiu ao grupo Wagner segurança em suas fronteiras e, dessa forma, Prigozhin aceitou recuar para o país vizinho, também usado para lançar ataques contra a Ucrânia.

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