POLÍTICA
Após eleição, LDO vira pauta principal na Aleac e Edvaldo diz que há muito o que se discutir
Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (8), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmou que, com o fim das eleições municipais, os parlamentares irão se concentrar agora na discussão do Orçamento do Estado para o exercício de 2025. Ele defendeu que o debate não deve ser atropelado, uma vez que ele deve permear a Casa até dezembro.
Edvaldo destacou que, embora as eleições municipais tenham terminado, os problemas do Acre continuam, sendo necessário retomar as discussões mais urgentes.
“No final de ano, pode ser que queiram encurtar o debate para evitar o aprofundamento de algumas discussões que são necessárias que façamos. O debate acerca do Orçamento, deputado Tadeu, que preside nossa Comissão de Orçamento, começa já a partir da próxima semana a ganhar relevância nesta Casa. Principalmente, deputado Jarude, após uma atitude adotada pelo governo e sua equipe, de evitar e de proibir – eu vou repetir: de evitar e, depois, de proibir – uma informação por parte da Secretaria de Planejamento e da Secretaria da Fazenda acerca do requerimento aprovado por unanimidade nesta Casa”, disse Edvaldo, referindo-se ao pedido de informações sobre a execução dos orçamentos de 2020, 2021, 2022 e 2023.
O parlamentar também mencionou seu pedido ao presidente da Casa para que disponibilizasse os serviços do consultor e professor do curso de Economia da Universidade Federal do Acre, ex-secretário da Fazenda, professor Orlando Sabino, para realizar o estudo das informações solicitadas, já que o governo se negou a fornecer os dados.
“As informações chegaram. E, em meio ao debate da eleição municipal, fiz questão de não tratar desse assunto naquele momento, para que não houvesse qualquer contaminação. As informações chegaram e são escandalosas. Comprovam algo que vários parlamentares, em diversos momentos, vinham debatendo aqui: que havia uma subdimensão propositada do orçamento do Estado. Isso está comprovado, inclusive de forma escandalosa”, afirmou Edvaldo.
Edvaldo Magalhães destacou ainda que o erro ultrapassa um bilhão de reais em cada projeção. “Agora, o mais grave, que será demonstrado e devidamente comprovado, é justamente a subtração dos repasses aos poderes. Eu vou repetir: a subtração dos repasses aos poderes. Estou aqui apenas apresentando uma prévia do debate, porque não quero fazer essa discussão apenas na abordagem política. Esse debate terá que ser feito de forma técnica, com a presença aqui, inclusive, do consultor, em uma exposição para a Comissão de Orçamento e para todos os deputados desta Casa, das conclusões do estudo levantado e dos dados matemáticos que estão em contexto”.