POLÍTICA
Ato na Paulista testa poder de mobilização de Bolsonaro com anistia

Após adesão abaixo do esperado em Copacabana, no Rio de Janeiro, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o ato pró-anistia aos presos pelo 8 de Janeiro, convocado para acontecer na Avenida Paulista neste domingo (6/4), servirá como termômetro para a realização de novas mobilizações pelo mesmo tema nos próximos meses.
O evento é tratado também como teste para medir a capacidade do líder da direita em ainda levar multidões às ruas, mesmo após ele e outros sete aliados terem se tornado réus pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.
Seguindo bolsonaristas ouvidos pelo Metrópoles, o eventual sucesso de público na Paulista dará mais segurança para a realização de outras agendas do ex-presidente em diferentes regiões do país. A avaliação é de que insistir na convocação de atos com baixa adesão pode ser um “tiro no pé” e evidenciaria a perda de apoio popular ao ex-presidente após o avanço das investigações sobre a trama golpista.
Os organizadores do ato no Rio de Janeiro minimizam o número abaixo do esperado e apostam que o ato em São Paulo será maior. O pastor Silas Malafaia, um dos principais agitadores das mobilizações, afirma que o dia e horário do evento no Rio foram complicadores. A manifestação ocorreu no dia 16 de março, mesma data da final do Campeonato Carioca de futebol.
