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RIO BRANCO
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POLÍTICA

Bocalom escolhe polêmica e ignora educação em seu segundo mandato

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O prefeito Tião Bocalom é um personagem que, para muitos, não surpreende. Em um cenário onde a previsibilidade é valorizada na administração pública, essa característica pode ser vista como um mérito por alguns. Contudo, sua recente mudança no secretariado, anunciada no início do segundo mandato, levanta questões sobre a eficácia e a visão de futuro de sua gestão.

Bocalom, que adota o ditado “em time que se ganha não se mexe”, parece acreditar que a população de Rio Branco deseja essa continuidade. Em coletiva de imprensa, justificou sua decisão afirmando que a vitória de 55% no primeiro turno reflete a satisfação dos cidadãos com sua administração. No entanto, essa postura pode se revelar perigosa, uma vez que persistir em erros por orgulho ou vaidade, baseando-se apenas no resultado das urnas, é um risco quando se lida com recursos públicos.

Recentemente, a nomeação de um novo secretário para a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos chamou a atenção. O escolhido, que ganhou notoriedade nas eleições de Rio Branco, é visto como uma figura controversa, especialmente por seu vídeo em que convocava a população a fiscalizar a Parada da Diversidade. Essa decisão levanta questões sobre as intenções do prefeito: estaria ele tentando reacender debates polarizadores e excludentes em vez de focar em políticas públicas construtivas?

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Além disso, a ausência de uma condução clara e responsável na gestão de áreas sensíveis, como Direitos Humanos e Assistência Social, pode resultar em ações vazias e superficialidades, especialmente em um cenário onde a população anseia por soluções concretas.

Outra questão que merece destaque são as referências de Bocalom aos “descontentes”. Sua tentativa de ironizar os críticos não aborda a realidade de uma oposição que, embora não organizada, expressa descontentamento com a atual administração. As declarações do prefeito sobre a falta de influência dos partidos em suas escolhas administrativas também suscitam dúvidas. As ligações com o União Brasil e a falta de transparência na saída do secretário Eliatian Nogueira indicam que as questões partidárias ainda desempenham um papel importante em sua administração.

A indefinição em relação à Secretaria de Educação também é preocupante. A ausência de um titular nessa área vital, especialmente após a exclusão da professora Nabiha Bestene por motivos administrativos, sinaliza uma possível falta de prioridade e comprometimento com a educação no município.

Recentemente, surgiu a proposta de criar uma Secretaria da Mulher, com a possibilidade de que a nova esposa do prefeito fosse nomeada para liderá-la. Essa ideia, além de problemática, levanta questões sobre a verdadeira intenção por trás das nomeações e as prioridades da gestão.

Bocalom parece estar navegando em águas turbulentas, tentando equilibrar suas promessas de campanha com a realidade da administração pública. Em comparação ao mestre Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha, que afirmava ter soluções para os problemas, Bocalom precisa demonstrar que, assim como o ídolo, ele também pode fazer “gols” em sua gestão, superando os desafios e entregando resultados tangíveis para a população.

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